- São três horas da tarde, o céu está
limpo e o mar muito próximo. Vamos fazer um giro pelas praias “brancas”?
- Barlavento ou Sotavento?
- Talvez aqui perto, a ocidente,
possamos descobrir algumas sem muitas escadas. Depois, poderemos
“inverter” para o outro lado até qualquer cidadezinha, encontrar uma esplanada
e desfrutar o que há em volta...
Pouco frequentada durante o ano inteiro
A praia é pequena, difícil de encontrar
Por caminho em terra batida, a ondular.
Por caminho em terra batida, a ondular.
O mar é calmo e lugar de pesqueiro
As lindas arribas, de arenito e calcário,
Fazem dela mais recanto portuário
Do que área balnear em roteiro.
As lindas arribas, de arenito e calcário,
Fazem dela mais recanto portuário
Do que área balnear em roteiro.
Mais uma caminhada na praia deserta...
Ao fim da tarde, passear o cão, desportivamente
Em luta com o cachorro, sempre em frente
Até que no areal liso fique a "oferta",
Até que no areal liso fique a "oferta",
Vai o dono, prazenteiro e apressado.
Depois, lá continuam, mais lado-a-lado
De mão na trela bamba e o focinho àlerta
Depois, lá continuam, mais lado-a-lado
De mão na trela bamba e o focinho àlerta
O sol, ao entardecer, majestoso e sereno
Vai baixando devagar, ficando mais fraco
O céu, ainda azul, transita a opaco
E o mar converte-se em espelho ameno
Com diminutos níveis de branco
Bloqueados apenas no grande barranco
Deixando o silêncio imperar em pleno
Avista-se ao longe uma embarcação
Flutuando sobre as calmas águas do mar
Orientada, para a sorte alcançar,
Flutuando sobre as calmas águas do mar
Orientada, para a sorte alcançar,
Pela magnética agulha, na direcção.
Nuvens densas, escondem o azul céu
Transformando o sol num vasto/cerrado véu
E o mar-paraíso em grande interrogação
E o mar-paraíso em grande interrogação
Só ela, apenas, entre o céu e o mar
Onde as ondas já não vão desmaiar,
No abandono do areal raso, sem confusão
Na harmonia da calma embriaguês espacial
Esperando que algum raio de sol outonal
Se lembre de afastá-la da solidão
Gozando o areal vazio, o cheiro a
maresia?
Limpando a cabeça do
calendário oficial?
Carregando baterias sem miúdos a pular?
Talvez alguém lhe venha fazer
companhia
Ocupando o oposto espaço da mesa..
Ou o sol apareça a espantar a
tristeza...
Coisas que só ele, na esplanada,
avalia
São duas formas de transportar pessoas
Por zonas históricas, igrejas, monumentos
Ou entre locais particulares de eventos
Alguns, de engatadas carruagens boas
Pois na empresa de animação pró
turista
Há combóios alugados com motorista
Movidos sobre
carris de ferro, sem loas
A história da cidade perde-se no
tempo
Com fenícios e muçulmanos em
contendas.
Há igrejas, pontes, conventos e lendas
Um rio, dois nomes, cheias em
contratempo
Uma ilha de abrigo e um parque
natural
Importantes eventos de âmbito cultural
E arquitectura pra um sábio passatempo
É
quase noite, tinge-se o céu de coloração.
O sol já no horizonte espalha a luz natural
Em direcções diferentes da linha
horizontal.
O ambiente faz da luz azul fragmentação
Bate na sombra das nuvens claras, o sol
E o céu colorido é um enorme lençol
De nuvens em conluio - interacções...
Sem comentários:
Enviar um comentário