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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

SÃO TRÊS HORAS DA TARDE...


- São três horas da tarde, o céu está limpo e o mar muito próximo. Vamos fazer um giro pelas praias “brancas”?
- Barlavento ou Sotavento?
- Talvez aqui perto, a ocidente, possamos descobrir algumas sem muitas escadas. Depois, poderemos “inverter” para o outro lado até qualquer cidadezinha, encontrar uma esplanada e desfrutar o que há em volta...



Pouco frequentada durante o ano inteiro
A praia é pequena, difícil de encontrar 
Por caminho em terra batida, a ondular.
O mar é calmo e lugar de pesqueiro
As lindas arribas, de arenito e calcário, 
 Fazem dela mais recanto portuário
Do que área balnear em roteiro.


Mais uma caminhada na praia deserta...
Ao fim da tarde, passear o cão, desportivamente 
Em luta com o cachorro, sempre em frente
Até que no areal liso fique a "oferta",
Vai o dono, prazenteiro e apressado.
Depois, lá continuam, mais lado-a-lado
De mão na trela bamba e o focinho àlerta


O sol, ao entardecer, majestoso e sereno
Vai baixando devagar, ficando mais fraco
O céu, ainda azul, transita a opaco
E o mar converte-se em espelho ameno  
Com diminutos níveis de branco 
Bloqueados apenas no grande barranco
Deixando o silêncio imperar em pleno


Avista-se ao longe uma embarcação 
Flutuando sobre as calmas águas do mar
Orientada, para a sorte alcançar,
Pela magnética agulha, na direcção.
Nuvens densas, escondem o azul céu
Transformando o sol num vasto/cerrado véu 
E o mar-paraíso em grande interrogação


Transportada ao silêncio doutra dimensão
Só ela, apenas, entre o céu e o mar
Onde as ondas já não vão desmaiar,
No abandono do areal raso, sem confusão
Na harmonia da calma embriaguês espacial
Esperando que algum raio de sol outonal 
Se lembre de afastá-la da solidão


Gozando o areal vazio, o cheiro a maresia?
Limpando a cabeça do calendário oficial?
Carregando baterias sem miúdos a pular?
Talvez alguém lhe venha fazer companhia
Ocupando o oposto espaço da mesa..
Ou o sol apareça a espantar a tristeza...
 Coisas que só ele, na esplanada, avalia


São duas formas de transportar pessoas
Por zonas históricas, igrejas, monumentos
Ou entre locais particulares de eventos
Alguns, de engatadas carruagens boas
Pois na empresa de animação pró turista
Há combóios alugados com motorista
Movidos sobre carris de ferro, sem loas 


A história da cidade perde-se no tempo
Com fenícios e muçulmanos em contendas.
Há igrejas, pontes, conventos e lendas
Um rio, dois nomes, cheias em contratempo
Uma ilha de abrigo e um parque natural
Importantes eventos de âmbito cultural
E arquitectura pra um sábio passatempo


É quase noite, tinge-se o céu de coloração.
O sol no horizonte espalha a luz natural
Em direcções diferentes da linha horizontal.
O ambiente faz da luz azul fragmentação
Bate na sombra das nuvens claras, o sol
E o céu colorido é um enorme lençol
De nuvens em conluio - interacções...


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