Os contornos, o alvo e o fundo juntam-se
mostrando ângulos, círculos, quadrados e rectângulos em imagens de Outono
Da minha janela panorâmica posso misturar
os acontecimentos, organizá-los e contemplar o espectáculo no
infinito, lá longe....
Ninguém
interrompe os pensamentos.
“O
essencial é invisível para os olhos...”
... Onde o mar se mistura com o chão e o
céu.
Nem sempre há gaivotas a embelezar a paisagem de Outono!
Erguida no princípio do século XVII pela Ordem dos Eremitas de S. Paulo, o terramoto de 1755 não lhe calou os sinos da torre, continuando a chamar os fiéis para
a oração.
Árvores!
“Esfíngicas, recortam desgrenhadas... Os trágicos perfis no horizonte!”
“Eu, palavra pequena que me define a mim...
Produtora de toda a humanidade... Regadora de homens... Guarda-sol, se quiseres!
Afinal, este mundo é todo meu”
Fim de tarde de Outono, recortada no
casario de telhados desiguais, penetrados pela claridade do céu a escurecer, tingido-os de cores suaves, esbatidas, indefinidas...
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