A situação de emergência de saúde pública causada pelo COVID-19 tem tido um impacto sem precedentes na vida das crianças.(UNICEF)
( ...)Considerando que a Humanidade deve à criança o melhor que tem para dar, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração dos Direitos da Criança (10 Princípios).
Feliz Dia da Criança
O combate ao coronavirus provocou muitas lacunas na vida das crianças. É no ambiente natural da escola que a criança adquire conhecimento, encontra
modelos e aprende a sociabilizar-se. A tecnologia pode substituir muitas coisas
mas o excesso de tempo de ecrã contribui para a desumanização, a distância
social , a falta de contacto com o professor e os amigos. Talvez seja uma solução
boa para uma criança com facilidade digital, que tem família, um lar,
computador, Internet, mas ...e as outras?
As que nunca tiveram a oportunidade de trabalhar com um computador? Talvez o caderno e um acompanhamento periódico pelo professor fosse melhor solução. Por outro lado, este ensino à distancia agrava as desigualdades sociais quer na aquisição de novas tecnologias, quer na forma como o ensino é acompanhado.
As que nunca tiveram a oportunidade de trabalhar com um computador? Talvez o caderno e um acompanhamento periódico pelo professor fosse melhor solução. Por outro lado, este ensino à distancia agrava as desigualdades sociais quer na aquisição de novas tecnologias, quer na forma como o ensino é acompanhado.
Se a pandemia de COVID-19
mudar as escolas para sempre, como já se vai falando, também será difícil evitar
o prejudicial ambiente de massas – contacto/ técnicos/ pais/ voluntários/
outros intervenientes.
Espera-se que as ATL de Verão compensem a ausência da escola.
E como irão conseguir, tantas delas, a sua refeição principal distribuída durante o dia escolar?
Espera-se que as ATL de Verão compensem a ausência da escola.
E como irão conseguir, tantas delas, a sua refeição principal distribuída durante o dia escolar?
Há escolas privadas que estão utilizando as plataformas a que os seus alunos já estão
habituados em sala de aula, permitindo que o professor entre directamente no
tablete de cada um para acompanhar o que estão a fazer.
José Marques, professor de
Matemática há 15 anos, usa o e-learning desde sempre e ambiciona "que não se perca" a
verdadeira revolução que a pandemia está a trazer às escolas, pois pode ser "que isto seja o primeiro passo para uma mudança de pensamento". Diz ter visto "muitos
professores a investir tempo e muita gente a querer aprender a usar
ferramentas de ensino digital.”
Mas tem também a certeza de
que este período de escolas encerradas "agrava a desigualdade social e
muito". "A população das escolas não está capacitada para um ensino à
distância".
Apesar de parecer ninguém se ter preocupado com o bombardeamento permanente de notícias sobre o número de mortes/dia/país – linguagem muito “carregada” para quem o futuro tem toda a
razão de ser, o Grupo de Referência do Comité Permanente Inter-agências
(IASC) para a Saúde Mental e Apoio Psico -social em Emergências Humanitárias
(criado pela ONU), fez um livro chamado O Meu Herói és tu, para ajudar as
crianças dos 6 aos 11 anos a entender a covid-19 e tudo o que está a acontecer
à sua volta. A este grupo juntaram-se mais de 50 organizações do sector
humanitário como a OMS, a UNICEF, o Alto Comissariado
das Nações Unidas para os Refugiados, a Federação Internacional das Sociedades da
Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e a Save the Children.
Felizmente, a taxa de mortalidade infantil é nula ou quase, como pode verificar-se no gráfico abaixo
O Meu Herói és tu
Ilustrações do livro: Sara e uma criatura fictícia viajam
por diferentes partes do mundo
HELEN PATUCK/IASC
Felizmente, a taxa de mortalidade infantil é nula ou quase, como pode verificar-se no gráfico abaixo
Está também editado O Sonho do Corona onde uma Mãe, em linguagem
infantilizada, explica às filhas o novo coronavírus,
dando-lhes ferramentas para que se protejam.
O Sonho do Corona
O Sonho do Corona de Maria Teresa Dantas Ribeiro Gouveia
O contacto com a natureza é factor diferencial para um bom desenvolvimento infantil, visto permitir que as « crianças explorem e descubram muito mais o mundo à sua volta”.
Segundo Tiriba (2010), "para uma boa aprendizagem, é preciso uma ligação profunda e frequente das crianças com os elementos naturais: sentir a água, o barro, a grama, o vento.” O meio desempenha um papel fundamental na aprendizagem,
pois os indivíduos aprendem num clima de constante interacção com o mesmo ,
No contacto com a natureza, muitas escolas apostam na
sustentabilidade como ferramenta pedagógica e num ensino orientado por
vivências mais sistémicas e menos fragmentadas
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