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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O CARACOL


 Figueira da Foz, 1988 - Primeira foto

"Com a minha casa às costas caminho devagarinho e deixo, por onde passo, um brilhante fiozinho".
"Não me podem pôr na rua, vento ou frio não me importa,
moro em casa sem janelas, nunca passo além da porta.
"

 O CARACOL


É um molusco (cabeça, massa visceral e pé) pulmonado e de corpo mole recoberto por uma concha calcária em espiral. 
Tem quatro tentáculos sensitivos na parte superior da cabeça - dois mais longos em cujas extremidades se encontram os olhos e dois menores para o olfacto. Não ouve. Na parte inferior possui uma espécie de língua, a rádula, com a qual corta os alimentos. O comprimento varia entre 2 mm a 5cm. Move-se contraindo e distendendo o pé musculoso em forma de palmilha e à medida que desliza deixa rasto de muco viscoso que lhe facilita o movimento e uma melhor aderência ao solo. Pode caminhar cerca de 5 metros por hora.



É um animal hermafrodita incompleto (possui os 2 sexos) mas precisa de um parceiro para realizar a cópula e a fecundação. Desde que se cruzem, ambos podem pôr ovos.
Acasala de Maio a Agosto, em média 4 vezes por ano e põe cerca de 100 a 300 ovos em locais húmidos, cavados com a cabeça.
A esperança de vida de um caracol é de 5 a 10 anos.
Com a concha protege os órgãos, evita a desidratação e defende-se dos predadores recolhendo o pé e a cabeça para dentro dela. 
Se lascar e a fenda não for grande, é remendada com o muco.


Entre os predadores (lagartixas, aves ratos e insectos), salientam-se os tordos que lhes esmagam a cabeça contra superfícies rugosas para os comer e o pirilampo que injecta os ovos no próprio corpo, servindo de alimento às larvas quando nascem.


Para suportar as temperaturas elevadas dos meses mais quentes ou resistir ao frio dos meses mais frios, encerra-se na sua concha, sela a abertura com muco espesso e entra em dormência colado a troncos, folhas, muros, pedras.
É essencialmente herbívoro; come verduras várias e frutos carnosos das zonas agrícolas e jardins . 
As poucas espécies carnívoras alimentam-se de minhocas, outros caracóis e lesmas.
Além do caracol terrestre, existe também o aquático (caramujo) que vive no mar, rio ou lagos, respira como os peixes e tem a concha mais grossa e pesada para suportar a pressão da água.


 Caracol do mar e o pequeno Caracol Cone que é um dos animais mais mortais em todos os oceanos                                             
A existência do caracol na Terra remonta à pré-história
Foi alimento do homem primitivo até à descoberta do fogo como o demonstram as conchas encontradas junto de ossadas humanas em escavações de cavernas.

Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville - Brasil


Ao longo dos anos da evolução da humanidade, os caracóis estiveram sempre presentes como alimento, nas belas artes, literatura, medicina, religião, lendas e crenças populares

A cosmética descobriu-os e a farmacêutica poderá vir a seguir.
O creme Elicina, do Chile, por ex., tem como base o uso de muco de caracol; rico em proteínas de elastina e ácido glicólico, tem efeito anti-inflamatório e propriedades regeneradoras.
É usado por Angelina Jolie, Demi Moore, Tom Cruise, Kate Holmes, Kate Moss e Kate Middleton, Gwyneth Paltrow, Michelle Pfeiffer, Victoria Beckham e Kylie Minogue, entre outros famosos 
Há quem faça o creme em casa

Os caracóis são considerados como IGUARIAS em Portugal e em vários países e estão cada vez mais na moda

“Em geral, os caracóis são colocados em jejum por cerca de 5 dias. Durante esse período e dependendo do criador, os animais serão alimentados apenas com água, vinho branco ou ervas aromáticas como agrião, salsa, cebolinha”
Wikipédia

Podem ser cozinhados de muitas formas, desde os tradicionais caracóis cozidos à portuguesa até aos internacionalmente afamados escargots (os vários caracóis comestíveis) à francesa, passando pela grelha, por feijoada, chili, arroz, etc.

Para muita gente o caracol é um bicho nojento (para mim, por ex.); outros não gostam porque nunca provaram; mas há quem o considere um manjar dos deuses.
Vasco Rodrigues, gerente da cervejaria O Filho do Menino Júlio dos Caracóis, em Lisboa, assegura que às 18,30 horas já não tem lugares vagos e que as pessoas se "inscrevem num papel preso junto à porta; sempre que um novo tacho sai do lume, soa uma sineta. Esperam para os apanhar acabadinhos de sair. Os carros ficam estacionados em segunda fila"...




Rolanda Albuquerque de Matos, bióloga:
«Em Portugal, o número de espécies conhecidas de caracóis portugueses é de 137.94 terrestres e 43 aquáticos mas comestíveis há quatro e que são, por ordem decrescente de tamanho:

- A caracoleta (nome científico mais conhecido, Helix aspersa), o maior caracol terrestre português


- A caracoleta moura também conhecida como boca-negra na Madeira (Otala lactea)
- O amarelinho, riscadinho, ou caracol-das-canas, o caracol português mais bonito pela grande variedade de cores que a concha pode apresentar (Cepaea nemoralis)

- O caracol a que chamo caracol-das-cervejarias e os apreciadores caracol pequeno (Theba pisana).



- Um caracol (Helicella virgata) do mesmo tamanho e muito parecido com este último e que pode encontrar-se nos mesmos locais  mas que não tem valor gastronómico por ser muito amargo»





A heliciculturacriação de caracóis terrestres em viveiros sob condições controladas, é  um negócio em expansão

Helicicultura ribatejana e "Escargots Oeste"

Está a surgir como uma fonte de rendimento e de uma excelente alternativa para muitas pequenas e médias explorações agropecuárias no país embora, face à procura, o mercado ainda seja deficitário em termos de oferta.
Nos viveiros também podem ser vítimas de ratos que roem o centro da casca, à procura dos intestinos, de pássaros que partem a casca com o bico ou de outros caracóis mais agressivos. 

Quanto ao negócio, as opiniões divergem:

“Portugal não produz em quantidade suficiente nem para o seu mercado interno e muito menos para exportação. A maior parte vem de Marrocos”.
Blog Venda de Caracóis
O "excesso de helicicultores já supera a procura e cria dificuldades no mercado". Luís Lucas


Na minha aldeia existe uma moderna unidade fabril, a empresa «Caracol Real», pioneira na laboração do caracol e no segredo do pronto-a-comer para bares, cujo projecto, segundo o empresário Armando Assis, foi concebido sem qualquer tipo de subsídio.



Actualmente possui uma frota automóvel que assegura a distribuição dos produtos por clientes em todo o território nacional, excepto no Algarve. Vende a muitas firmas que os exportam para o estrangeiro e também manda directamente para França, Suíça, Luxemburgo, Alemanha e Inglaterra. 
Quanto a Espanha, diz que "os espanhóis não gostam muito dos produtos portugueses - preferem copiar as ideias. E que "até já se lançaram no fornecimento do pronto-a-comer e no mercado a partir do sul aproveitando os conhecimentos transmitidos por um português; "mas injectam gás nas embalagens para o produto durar mais tempo, o que não é benéfico para a saúde de quem os consome”.

A campanha de laboração inicia-se nos finais de Abril, princípios de Maio e termina no início de Setembro.
Os caracóis chegam vivos, directamente dos viveiros e, antes do abate, faz-se a triagem. Depois passam por uma unidade de lavagem a fim de serem cozinhados. A
rrefecidos de imediato, são colocados em recipientes apropriados que seguem para unidades de congelação ou de refrigeração. 



A empresa também começou no ano passado a realizar uma festa anual dedicada ao caracol - a “Festa do Caracol Real” - para  fins de solidariedade.

Imagens Google

terça-feira, 19 de novembro de 2013

DEVANEIO


Uma vaga de imigração está a assolar Portugal. O primeiro a chegar à Portela foi Sócrates. Sabemos que Guterres já se instalou em território nacional e agora chega-nos a notícia que José Manuel Barroso provavelmente voltará a ser Durão Barroso. Observo que a casa portuguesa começa a ficar apertada, cheia de visitas políticas de última hora. Resta saber que profissões desejam exercer na Lusitânia.”Estado sentido -John Wolf


Atendendo ao contexto político, tomara que entre eles se encontrasseum rei salvador para restaurar a independência e a grandeza de Portugal”, visto ser tão desejado como foi Dom Sebastião num contexto semelhante
Ao contrário do ilustre desaparecido, como nenhum deles morreu numa “batalha de Alcácer Quibir” nem foi necessário haver um poeta Bandarra para clamar pelo seu retorno, se algum sebastianismo existir (e nós somos um país de sebastianistas), talvez Portugal voltasse a ser independente, sem uma população com más condições de vida, pobres, desiguais.
Mas, recordando, todos eles - Sócrates, Durão e Guterres - puseram sempre os seus interesses acima dos interesses do país. Logo, apenas perseguem os objectivos da sua agenda pessoal.


«A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
... Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália, onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal»


Fernando Pessoa, Mensagem 

Poeta do que foi ou poderá vir a ser, ele transmite a ideia de que Portugal é o rosto da Europa, tão importante para ela como para o mundo.
Não é a cabeça a parte mais nobre do corpo e a vista, o mais impressionante dos sentidos?
Portugal a governar toda a Europa… pela posição que ocupa no corpo da Europa!


Imaginemos que, milagrosamente surgia uma trindade coesa e indivisível (representada por Pessoa, na forma de um grifo - figura mitológica) em que a cabeça era um “Infante D. Henrique” para conceber a ideia (foi ele que idealizou o império marítimo, planeou, coordenou e instruiu os seus marinheiros), uma das asas, um “Dom João II” para mandar executar a ideia e a outra asa, um “Afonso de Albuquerque” para executar a ideia.

O futuro de Portugal não estaria empobrecido nem hipotecado a outros países. A agricultura, a indústria e as pescas voltariam a ser riqueza, as PPP jamais dariam prejuízo, a fraude, a evasão fiscal, a corrupção e a má administração deixariam de existir, as imensas riquezas existentes no subsolo – ouro, prata, cobre, pedras ornamentais passariam a ser exploradas por nacionais, etc., etc., etc. e o Plano Mar-Portugal (O Mar como um novo desígnio nacional) já estaria em execução.
Porque a geografia, a dimensão e a identidade marítima de um povo, são características suficientes para tornar único o território de Portugal e fazer do espaço do Atlântico Norte que é português, um território de referência.

Devaneios Lilian Maus

Mas tudo isto não passa de um produto extravagante da minha imaginação, esperança quimérica, devaneio
Quem se interessa hoje pelo futuro de Portugal ou simplesmente pelo vocábulo "Portugal"?

Labirinto -Ilustração de Paulo Brabo

Está transformado num enorme labirinto de completa ausência de higiene política, com muitas divisões e passagens dispostas confusamente por onde vagueiam coutadas de cavaquistas, guterristas, socratistas, soaristas, compadrios, bandidos sem escrúpulos, depressões, falências, medos, oportunistas, gananciosos, conformismo, traidores, vândalos, com maior ou menor dificuldade na saída.


ATENTE-SE neste "NOVELO":


Questionado, o ex-primeiro-ministro Durão Barroso deixou claro que a sua ambição não passa por renovar o mandato, que termina em Outubro de 2014. 
Com esta clarificação, Barroso ficará assim livre, em teoria, para se candidatar à Presidência da República, como aspiram alguns dos seus amigos e apoiantes políticos.

O ex-primeiro-ministro António Guterres indicaria José Sócrates ao então Presidente da República, Jorge Sampaio, caso tivesse optado em Dezembro de 2001 por escolher um sucessor para a chefia do Governo na sequência da sua demissão.
Esta ideia consta de uma biografia de António Guterres, da autoria do jornalista Adelino Cunha, intitulada "Os segredos do poder", da editora "Aletheia"


Recordando o seu passado, o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou-se um "político realizado" e "sem vontade" em se afastar da política."Agora, quero beneficiar desse novo estar de felicidade de quem se representa a si próprio".
Prém, no programa ‘Alta Definição’, o antigo primeiro-ministro confessou que não é “daqueles que passam a vida a olhar para trás”, embora tenha reconheça que o passado nunca morre; mesmo quando discutimos o futuro estamos a discutir a projecção do passado”




Apesar de o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados continuar a dizer que Belém não está no seu horizonte, Seguro e a direcção socialista acreditam que, "a seu tempo e na altura certa", Guterres acabará por se candidatar.





Diz-se, aliás, que Costa tem vindo a preparar uma candidatura, mas à liderança do PS, a arrancar mais lá para o Verão. Nesse caso, o ticket poderá ser António Costa-José Sócrates, com este último a reaparecer como candidato presidencial


Vitor Gaspar foi nomeado por Durão Barroso para a presidência do Grupo de Alto Nível para a Tributação da Economia Digital, segundo revela o semanário Expresso
A nomeação foi confirmada pelo próprio ex-ministro das Finanças de Portugal, que se demitiu a 1 de Julho deste ano, queixando-se da falta de coesão do Governo e reconhecendo que o falhanço nas metas orçamentais “minou” a sua confiança enquanto número dois do executivo de Passos Coelho.




A Comissão Europeia lava as mãos de um contrato assinado sob a responsabilidade política do seu presidente, Durão Barroso, ao tempo em que era primeiro-ministro de Portugal. Esta devia ser razão para tudo querer aclarar, mas na realidade é o que explica o desinteresse", critica a eurodeputada Ana Gomes.
O contrato de aquisição dos dois submarinos foi assinado em 2004, quando Paulo Portas era ministro da Defesa do Governo chefiado por José Manuel Durão Barroso, num negócio de cerca de 1000 milhões de euros
.
A queixa é motivada por suspeitas de "fraude, 
evasão fiscal, corrupção e má administração" e possíveis violações de tratados da União Europeia. Vai ser analisada pelo comissário europeu para o Mercado Interno, Michel Barnier, que é subordinado de Durão Barroso, que era primeiro-ministro de Portugal quando o  contracto dos submarinos foi assinado
A decisão de adquirir capacidade submarina para Portugal foi tomada em 1998 por um governo de que era primeiro-ministro António Guterres e em que José Sócrates estava sentado no conselho de ministros, que publicou uma resolução mandando o Estado português comprar quatro submarinos, segundo a Revista Visão. 


PREOCUPANTE...

5 DE NOVEMBRO DE 2013
 
Com o País a braços com uma crise, o Governo deu aumentos milionários às administrações de três empresas estatais, todas elas com enrmes prejuízos. Os presidentes e os vogais da Carris, Docapesca CP viram os respectivos vencimentos aumentados em mais de 50%, enquanto no porto de Lisboa as actualizações rondaram os 30%.
A situação foi denunciada ontem por Marques Mendes, ex-líder do PSD. 



Portugal tem 870 habitantes com fortunas superiores a 22 milhões de euros. O número de ultramilionários no país aumentou entre 2012 e 2013 - eram 785 no ano passado.
Segundo um relatório da Wealth-X, organização que monitoriza a actividade financeira a nível mundial, o valor global acumulado pelos 870 ultramilionários é de 74 mil milhões de euros. Este valor representa quase o mesmo montante que a troica emprestou a Portugal - 78 mil milhões. Em 2012, as 785 grandes fortunas valiam 66,6 mil milhões.



1 DE OUTUBRO DE 2013

Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que poucos devem saber para o que serve, pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, não lhe são devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros benefícios.
Porém, ele vai para casa com 12 mil euros por mês durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego
O Ministério da Economia responde que “o regime aplicado aos membros do Conselho de Administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE



Há quem compare a crise actual com a de 1383-85 e apele a idêntica revolução mas, se a bendita troica ficar por cá mais meia-dúzia de anos, recorda 1640


Em Mensagemnuma das acepções, o Ocidente poderá estar relacionado com a última parte da obra de Pessoa, onde apresenta um Portugal à deriva, mergulhado numa imensa escuridão, decadente e quase moribundo, mas vivendo na esperança de um novo ressurgimento, mais glorioso e brilhante.

Para se atingir a espiritualidade e a transcendentalidade, é necessário experimentar o materialismo e a decadência.

"Cumpriu-se o Mar e o Imperio se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal
(...) 

Penso que evidencia aqui o tão anunciado IMPÉRIO ESPIRITUAL, inquestionavelmente da responsabilidade do povo português

"O nacionalismo é um patriotismo activo", também escreveu Pessoa. 


Imagens Google


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O SONHO COMANDA A VIDA

.


Eles não sabem, nem sonham
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança”


António Gedeão



Que o 19 se vá repetindo e “avançando” “como bola colorida” até, pelo menos, a ordem dos algarismos se inverter - 91

Teresa

E então, embarcando na máquina do tempo, em 2030, início do fim da humanidade segundo cientistas da década de 70, verá o que as diversas previsões apresentam como sendo possível (isto ou coisas semelhantes), numa evolução inimaginável do quotidiano, no Planeta Terra:

 O declinio do Ocidente durante muito tempo!
Ásia ultrapassará a Europa e a América do Norte no que se refere ao PIB, número de habitantes, investimentos em tecnologia e gastos militares, tornando-se a região mais poderosa do planeta… 

- Prováveis conflitos ocasionados pela escassez ou mesmo extinção de produtos essenciais para a sobrevivência como água doce e alimentos. 

No entanto, um declínio não significa que a população seja dizimada embora ninguém se pronuncie sobre se a quantidade de seres humanos vai voltar a crescer
A mudança climática, o crime organizado, as guerras eletrónicas, os conflitos económicos e o esgotamento dos recursos naturais...substituirão cada vez mais as ameaças militares

 -  Não ser fundamental falar um segundo idioma. Apontam o aparecimento de Programas capazes de traduzir áudio em diversos idiomas para a língua original, ainda em tempo real.


- Os carros sem motorista a levitar pelas ruas.


- O futuro da música passando pelo computador, guitarras sem cordas, pianos sem teclas e os smartphones,  instrumentos musicais.



- Ao serem transformadas em eletricidade, as vibrações dos passos, através de uma camada intermediária que converte o movimento acumulado em energia, servirem como fonte autossustentável de iluminação pública e outros fins

- As construções do futuro mundo feito de vidro que poderão já existir, desde que os dispositivos se integrem perfeitamente com o quotidiano das pessoas em casa, no trabalho e no lazer.


- Os alimentos inteligentes através da utilização de material que se apercebe da presença do usuário, de dispositivos que permitem cozinhar sopas sem utilizar fogões ou tomadas e de pratos capazes de detectar os níveis de radioatividade da comida

- A informação virtual  por toda parte bastando, para isso, possuir óculos ou gadgets especiais.



-  Um robot em casa ser primordial porque, além de ajudar na compra de roupas por medida, online, por ex., resolverá muitos problemas sem precisar da interferência humana.


Como irá uma sociedade, cada vez mais envelhecida, adaptar-se a uma nova realidade, tão diferente daquela que conhecemos?
Pois não sei...

Mas em 2030, com certeza, nós ou "o nosso estilo de vida de hoje será, muito provavelmente, uma peça de museu…"

Fontes: Tecmundo, Megacurioso, Carta Maior,Yudi:Mundo Hi-Tec Restaurantes

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

VINHO /RELIGIÃO /S. MARTINHO


O termo Vinho passou por várias traduções diferentes (hebraico para grego, grego para latim e, após outras traduções, para o português) mantendo sempre a forma inicial, ou seja, representando bebida com ou sem teor etílico. Contudo, devido aos vícios e costumes linguísticos, o termo que se tornou padrão é vinho com teor etílico.

A história da produção de vinho tem acompanhado o desenvolvimento das civilizações
Acredita-se que já era produzido na Mesopotâmia cerca de 6000 a.C.

Ningizida, o deus sumério do vinho

Os sumérios usavam o desenho de uma folha de parreira para simbolizar a “vida“ e os primeiros registos remontam há mais de 3000 anos a. C. 
Graças aos seus conhecimentos científicos avançados, produziram vinho em grande escala.
O vinho no Egipto - pintura mural

Os Egípcios foram o primeiro povo a registar em pinturas e documentos (datados de 1000 a 3000 a.C.) o processo da vinificação e o uso da bebida em celebrações. Foram também os primeiros enólogos.
Os faraós ofereciam vinhos e queimavam vinhedos aos deuses e os sacerdotes usavam-nos em rituais. Era obrigatório colocar vinho no túmulo para que o faraó se pudesse servir durante a sua viagem rumo ao além.


Dionísio Bassareu, deus da arte vinhateira!  -  Ânforas

Os Gregos utilizavam ânforas no processo de envelhecimento do vinho enquanto os romanos aprimoravam o sabor guardando-o em barris de madeira
Na Grécia, foi Dionísio quem plantou e cultivou as primeiras parreiras, motivo pelo qual passou a ser venerado como deus do vinho.

                        Deus Baco, equivalente ao Grego

A colonização pelos romanos espalhou a fabricação pelo Mediterrâneo, fazendo com que fosse consumido em toda a Europa, já em 1000 a.C.

Na Idade Média a produção de vinho foi muito incentivada pelas ordens religiosas, principalmente a Cisterciense.

Por volta do século XII chegaram ao Vale do Douro os monges brancos de Cister (Rota de Cister). Criaram mosteiros (São João de Tarouca, Santa Maria de Salzedas, S. Pedro das Águias) e ensinaram as gentes durienses a aperfeiçoar o cultivo da vinha e a fabricar diferentes vinhos.
Da Idade Média, permanece ainda no território uma rede de castelos edificados ou reconstruídos, em grande parte no reinado de D. Dinis (XII-XIV), para a defesa do reino contra os inimigos leonês e castelhano (Lamego, Carrazeda de Ansiães, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Bemposta, Miranda do Douro, Numão).

                      Ponte fortificada de Salzedas

No reinado de D. Manuel o transporte e o comércio dos vinhos do Douro até à cidade do Porto foram facilitados através dos barcos Rabelos

E qual poderá ser a origem da tradição de relacionar o vinho com a religião?
Talvez seja uma espécie de paradigma comum a toda humanidade, definitivamente associado à vida eterna, à religiosidade e à fertilidade, elementos de crucial importância para o bem-estar dos seres humanos.
Talvez pelo facto de a videira ser uma planta que dá frutos com os quais se faz uma bebida que alegra quando regressa à vida e aquece enquanto parece estar morta, no Inverno. 
Este processo cíclico dá ideia de um eterno renascer, símbolo da imortalidade e da fertilidade.


Em Portugal, o dia de S. Martinho também é invocado nas cerimónias religiosas dos locais de culto com uma componente de exuberância e espírito de solidariedade que tende a prevalecer. Coincide, exactamente, com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassados e o calendário rural em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas - vinho, frutos, animais - sem esquecer o episódio da partilha de parte da sua capa com um pobre encontrado na estrada

Na tradição popular, São Martinho é considerado como o santo dos bons bebedores, já que é nesta altura do ano que se faz a prova do VINHO NOVO e os magustos cuja origem parece estar num antigo sacrifício em honra dos mortos.







-"Pelo São Martinho, deixa a água pró moinho"
-"Um ópimo verão de S. Martinho"





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