A
Primeira-dama Portuguesa passou a existir quando Portugal deixou de ser uma
Monarquia para se tornar uma República com um Presidente eleito.
Este
novo sistema de regime político aconteceu depois de terem ocorrido. vários
incidentes ainda relacionados com o regime monárquico constitucional.
A Monarquia Constitucional
De 1834 a 1910, Portugal foi uma Monarquia Constitucional cujo poder era assegurado rotativamente por dois partidos autónomos significativos com uma orgânica partidária muito centralizada - o Partido Regenerador e o Partido Progressista Histórico
A partir da década
de 90 e na sequência do Ultimatum (última
ordem) inglês de 1890, o sistema
bipartidário alterou-se significativamente por crises e cisões entre eles.
Da fragmentação partidária destacou-se o Partido Republicano Português (1876) que defendia a alteração revolucionária do regime vigente, acusado de comprometer as instituições da nação e propunha substituir a Monarquia pela República. O País deixaria de ser governado por um Rei que herdava o poder - Monarquia hereditária - e passava a ter um presidente eleito por um tempo determinado - República
Da fragmentação partidária destacou-se o Partido Republicano Português (1876) que defendia a alteração revolucionária do regime vigente, acusado de comprometer as instituições da nação e propunha substituir a Monarquia pela República. O País deixaria de ser governado por um Rei que herdava o poder - Monarquia hereditária - e passava a ter um presidente eleito por um tempo determinado - República
Tinha
como principais apoiantes Teófilo Braga, Ramalho
Ortigão e Guerra Junqueiro.
Azedo
Gneco discursando num comício republicano em Lisboa
O 31 de Janeiro de 1891
O 31 de Janeiro de 1891
Rebentou no Porto
uma revolta armada contra a monarquia
com a participação de populares e militares.
Embora as tropas governamentais tivessem restabelecido a ordem rapidamente, a ocorrência fez crescer o descontentamento dos Portugueses em relação ao regime monárquico e a aceitação, cada vez maior, das ideias republicanas
Após
esta tentativa de acabar com o regime, o rei D. Carlos mandou dissolver o
parlamento e colocou João Franco no
poder que passou a governar de forma ditatorial (1906).
João Franco
O Regicídio
O Regicídio
01
de Fevereiro de 1908
Manuel Buiça
atravessa o pescoço do Rei D. Carlos com um tiro que o mata imediatamente. E
Alfredo Costa, pondo o pé no estribo da carruagem real, repete a dose sobre o
Rei já tombado.
A
Rainha, em pé, usa a única arma que tem - um ramo de flores - para o surrar e
perguntar:
- Então ninguém ajuda?
- Então ninguém ajuda?
D.
Luíz Fillipe, ferido com um tiro no peito, ainda consegue acertar quatro vezes
em Alfredo Costa mas Buiça, de longe, mata-o de vez.
D. Manuel tenta
vedar o sangue do irmão com um lenço e também fica ferido.
Entretanto, alguém
dispara sobre os regicidas e morrem no local
A Carbonária e a
Maçonaria que conspiravam para a imposição da República, terão estado por trás
dos acontecimentos
O Infante D. Manuel é aclamado rei
De 4 de Fevereiro de 1908 a 5 de Outubro de 1910 surgiram seis experiências de composição governamental, todas de curta duração (sete governos em cerca de 24 meses)
O primeiro, governo da “Acalmação”, nasceu de
um entendimento entre os chefes dos partidos monárquicos rotativos -
regeneradores e progressistas - mas a partir do segundo voltaram a
fragmentar-se, enquanto a força conspiratória do partido republicano continuava a ganhar terreno
A Revolução
republicana e a queda da Monarquia
O
movimento revolucionário republicano - revolta armada apoiada pela população
com alguma resistência dos apoiantes da Monarquia - teve início em Lisboa, no
dia 4 de Outubro de 1910.
No dia 5 de Outubro de 1910 ocorre a Implantação da
República a partir da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, por José Relvas.
O
rei D. Manuel II, depois de ter passado pelo Palácio Nacional de Mafra,
quis partir da Ericeira para o Porto no iate real "Amélia"
mas os oficiais a bordo levaram-no para Gibraltar. Dali, seguiu para
o Reino Unido com a família real onde foi recebido pelo rei Jorge V.
O
trigésimo quinto e último Rei de Portugal cediam o lugar à vitória
do movimento republicano.
O Hino e a
Bandeira, símbolos do país, foram substituídos e em 1911, aprovada a nova
Constituição marcadamente Republicana; o Parlamento passou a eleger o
presidente que, por sua vez, nomeava um governo.
E em 24 de Agosto de 1911 foi eleito o primeiro presidente da República membro do Directório do Partido Republicano aquando da revolta de 31 de Janeiro de 1891 - Manuel José de Arriaga
A Primeira
República Portuguesa
(Também
chamada Parlamentar)
Sucedeu ao Governo Provisório de Teófilo Braga, de 1910 a 1926, período de grande instabilidade governativa marcado por sucessivas alterações de governo, rivalidades entre as alas esquerda e direita do Partido Democrático, receio contra os apoiantes do anarquismo e do bolchevismo e uma crescente simpatia do Exército pelas soluções autoritárias.
Houve sete
Parlamentos, oito Presidentes da República, 39 governos, 40 chefias de governo, duas presidências
do Ministério que não chegaram a tomar posse, dois presidentes do Ministério
interinos, uma junta constitucional, uma junta revolucionária e
um ministério investido na totalidade do poder executivo. Foi pródiga em
convulsões sociais e crimes públicos e políticos.
Wikipédia
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E neste novo
sistema político surge então a Primeira-Dama de Portugal:
Lucrécia
Augusta de Brito de Berredo Furtado de Melo Arriaga.
Imagens Google