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domingo, 12 de janeiro de 2014

AS PRIMEIRAS-DAMAS DE PORTUGAL - 2


A Primeira-dama Portuguesa passou a existir quando Portugal deixou de ser uma Monarquia para se tornar uma República com um Presidente eleito.
Este novo sistema de regime político aconteceu depois de terem ocorrido. vários incidentes ainda relacionados com o regime monárquico constitucional.


SÍNTESE DA SITUAÇÃO E ACONTECIMENTOS MAIS PRÓXIMOS DA MUDANÇA

A Monarquia Constitucional



Duque de Saldanha (P. Regenerador) e Veiga Beirão (P. Progressista)

De 1834 a 1910, Portugal foi uma Monarquia Constitucional cujo poder era assegurado rotativamente por dois partidos autónomos significativos com uma orgânica partidária muito centralizada - o Partido Regenerador e o Partido Progressista Histórico
A partir da década de 90 e na sequência do Ultimatum (última ordem) inglês de 1890, o sistema bipartidário alterou-se significativamente por crises e cisões entre eles.
Da fragmentação partidária destacou-se o Partido Republicano Português  (1876)  que defendia a alteração revolucionária do regime vigente, acusado de comprometer as instituições da nação e propunha substituir a Monarquia pela República. O País deixaria de ser governado por um Rei que herdava o poder - Monarquia hereditária - e passava a ter um presidente eleito por um tempo determinado - República


Tinha como principais apoiantes Teófilo Braga, Ramalho Ortigão e Guerra Junqueiro.

Azedo Gneco discursando num comício republicano em Lisboa



O 31 de Janeiro de 1891

Rebentou no Porto uma revolta armada contra a monarquia com a participação de populares e militares.


Embora as tropas governamentais tivessem restabelecido a ordem rapidamente, a ocorrência fez crescer o descontentamento dos Portugueses em relação ao regime monárquico e a aceitação, cada vez maior, das ideias republicanas
Após esta tentativa de acabar com o regime, o rei D. Carlos mandou dissolver o parlamento e colocou João Franco no poder que passou a governar de forma ditatorial (1906).

João Franco

O Regicídio

01 de Fevereiro de 1908

Manuel Buiça atravessa o pescoço do Rei D. Carlos com um tiro que o mata imediatamente. E Alfredo Costa, pondo o pé no estribo da carruagem real, repete a dose sobre o Rei já tombado.
A Rainha, em pé, usa a única arma que tem - um ramo de flores - para o surrar e perguntar: 
- Então ninguém ajuda?  
D. Luíz Fillipe, ferido com um tiro no peito, ainda consegue acertar quatro vezes em Alfredo Costa mas Buiça, de longe, mata-o de vez.
D. Manuel tenta vedar o sangue do irmão com um lenço e também fica ferido.
Entretanto, alguém dispara sobre os regicidas e morrem no local
A Carbonária e a Maçonaria que conspiravam para a imposição da República, terão estado por trás dos acontecimentos

O Infante D. Manuel é aclamado rei

1923: Retrato de Dom Manuel II por Philip de Laszlo

De 4 de Fevereiro de 1908 a 5 de Outubro de 1910 surgiram seis experiências de composição governamental, todas de curta duração (sete governos em cerca de 24 meses)
O primeiro, governo da “Acalmação”, nasceu de um entendimento entre os chefes dos partidos monárquicos rotativos - regeneradores e progressistas - mas a partir do segundo voltaram a fragmentar-se, enquanto a força conspiratória do partido republicano continuava a ganhar terreno

A Revolução republicana e a queda da Monarquia

O movimento revolucionário republicano - revolta armada apoiada pela população com alguma resistência dos apoiantes da Monarquia - teve início em Lisboa, no dia 4 de Outubro de 1910.
O Palácio das Necessidades, residência oficial do rei, foi bombardeado.



No dia 5 de Outubro de 1910 ocorre a Implantação da República a partir da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, por José Relvas.

O rei D. Manuel II, depois de ter passado pelo  Palácio Nacional de Mafra, quis partir da Ericeira para o Porto no iate real "Amélia" mas os oficiais a bordo levaram-no para Gibraltar. Dali, seguiu para o Reino Unido com a família real onde foi recebido pelo rei Jorge V.

O trigésimo quinto e último Rei de Portugal cediam o lugar à vitória do movimento republicano.




Foi criado um Governo Provisório, presidido pelo Dr. Teófilo Braga. 
O Hino e a Bandeira, símbolos do país, foram substituídos e em 1911, aprovada a nova Constituição marcadamente Republicana; o Parlamento passou a eleger o presidente que, por sua vez, nomeava um governo.




E em 24 de Agosto de 1911 foi eleito o primeiro presidente da República membro do Directório do Partido Republicano aquando da revolta de 31 de Janeiro de 1891 - Manuel José de Arriaga


A Primeira República Portuguesa 
(Também chamada Parlamentar)


Sucedeu ao Governo Provisório de Teófilo Braga, de 1910 a 1926, período de grande instabilidade governativa marcado por sucessivas alterações de governo, rivalidades entre as alas esquerda e direita do Partido Democrático, receio contra os apoiantes do anarquismo e do bolchevismo e uma crescente simpatia do Exército pelas soluções autoritárias.
Houve sete Parlamentosoito Presidentes da República, 39 governos, 40 chefias de governo, duas presidências do Ministério que não chegaram a tomar posse, dois presidentes do Ministério interinos, uma junta constitucional, uma junta revolucionária e um ministério investido na totalidade do poder executivo. Foi pródiga em convulsões sociais e crimes públicos e políticos.
Wikipédia

E neste novo sistema político surge então a Primeira-Dama de Portugal:
Lucrécia Augusta de Brito de Berredo Furtado de Melo Arriaga.

Imagens Google

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