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domingo, 24 de maio de 2015

"HOJE O MUNDO É VERMELHO"



Apesar de ser considerado o desporto mais popular do mundo e de a actividade mais antiga que se assemelha ao futebol moderno datar dos séculos III e II a. C. (dados baseados num manual de exercícios correspondentes à dinastia Han, antiga China), não fazia parte da minha expressão cultural.
Nem mesmo, penso, da expressão da maior parte das mulheres pois, sendo considerado essencialmente um desporto para homens, nem permitia o ingresso feminino.
O primeiro jogo feminino com regras de futebol ocorreu em Glasgow no ano de 1892. Proibido em Inglaterra de 1921 a 1969 (não noutros países), o primeiro encontro internacional de selecções só aconteceu em 1972.
E, actualmente, segundo uma pesquisa realizada pela FIFA, existem cerca de 26 milhões de jogadoras no mundo (1 para cada 10 jogadores).


Mas a Seleção Nacional Portuguesa fazia parte do Campeonato do Mundo de 1966. 
E Eusébio ajudou-a a alcançar um injusto terceiro lugar (lembro-me de muita imprensa ter divulgado o “roubo” do primeiro, pela Inglaterra), foi o maior marcador da competição, recebeu a Bota de Ouro e a Bola de Bronze.

E Eusébio era do Benfica

E o Benfica passou a ser o meu Clube preferido …

E ontem o Benfica foi campeão nacional pela 33ª vez …


José Rosa Rodrigues, um dos fundadores do então Sport Lisboa em 28 de Fevereiro de 1904, foi o primeiro Presidente.


As estimativas em relação ao número de adeptos apontam para cerca de 14 milhões espalhados por todo o mundo (confirmado pela FIFA na revista The Weekly em Fevereiro 2014)…

Era o clube dos emigrantes. Penso que continuará maioritariamente a sê-lo.  
É, também por isso (além da magia de Eusébio), que gosto de me juntar a eles. As minhas melhores amigas de infância andam por lá. E o mesmo acontece aos jovens de agora …


“Hoje o mundo é vermelho
É indiscutível, o Benfica é o maior clube nacional e as imagens da festa dos benfiquistas emigrantes em todas as partes do mundo fazem crer que o Benfica não só é o clube com mais adeptos em Portugal, a avalancha de emigrantes que nos últimos anos tem deixado Portugal tem feito também do Benfica um dos clubes com mais adeptos em todo o mundo. Em Londres, Paris, Bruxelas, Luanda, São Paulo e um pouco em cada país do mundo se festejou a vitória do Benfica. E se as imagens da festa dos benfiquistas pelo mundo servem para alguma coisa, servem para constatar o enorme número de portugueses por todo o mundo.
É, também, no futebol que essas pessoas encontram um pouco de Portugal. Por mais longe que se encontrem, o futebol leva-lhes um pouco da nossa idiossincrasia enquanto portugueses, que – nunca escondemos – gostamos de futebol.
Onde quer que haja um português há o cheiro a bacalhau salgado, um galo de Barcelos e um cachecol do Benfica. Mesmo que sejamos de outras cores clubísticas, como eu, estas festas têm a capacidade de aproximar os emigrantes com este pequeno triângulo a que chamamos de Portugal.
Façam a festa, emigrantes. Celebrem Portugal!
André Vinagre


 Macau                                               New Jersey

 Luxemburgo                                              FALOP


Imagens Google

domingo, 17 de maio de 2015

VIVE-SE PARA APRENDER


Tratar as pessoas com o mesmo grau de importância que nos tratam - aprende-se com as boas ou más lições da vida.  

As imagens e frases que se seguem foram retiradas do blog Stuff No One Told Me  (Coisas que ninguém me contou)

1 - Está tudo bem em relação a mudar a sua opinião sobre pessoas ou coisas da sua vida… Apenas tente manter a coerência.


2 - Boa imaginação é sinal de inteligência.



3 - Não confie em pessoas que não confiam em ninguém.


4 - Algumas vezes, desistir é a decisão mais corajosa.


5 - Coisas são somente coisas. Não se apegue a elas.


6 - Coisas que são difíceis de falar são normalmente as mais importantes.

7 - Confie nos seus instintos.


8 - Os problemas da sua família não são os seus.


9 - Pessoas que só ligam quando precisam de alguma coisa, não são seus amigos.


segunda-feira, 11 de maio de 2015

FRAGMENTOS DE ROTAS DE CRUZEIROS - O MAR


A voz do mar sussurra, clama, murmura, convida a alma a vaguear, perde-se em labirintos de contemplação interior, é sensual, envolve o corpo num enorme abraço!
Olhar o mar é quase uma oração que não é para qualquer um, penso. 





No Porto Grande da iha de S. Vicente, em Cabo Verde, encruzilhada de barcos de várias origens, centro das principais rotas de navegação através do Atlântico, ancorou também o Island Escape que permitiu apreciar as belíssimas praias de água tépida e cristalina, a pitoresca cidade do Mindelo encaixada entre o mar e um agreste maciço rochoso, o espectacular panorama da ilha vulcânica de Santo Antão e o Ilhéu dos Pássaros, considerado o ponto mais ocidental de África, com o seu farol Dom Luiz I, frente á ilha de S. Vicente, cercado pelo mesmo mar de águas mornas.


As águas do mar do Forte de S. Marcelo, S. Salvador da Baia, de planta circular, inspirado no Castelo de Santo Ângelo  (Itália) e na Torre do Bugio  (Portugal), não são de um azul transparente mas de um verde forte devido à fusão com o céu azul.
A coloração é causada principalmente por várias partículas minerais ou orgânicas, em suspensão na água. A matéria orgânica decomposta produz um pigmento amarelo que, misturado com a luz, faz o mar parecer verde-azulado ou verde.

No alto mar
A luz escorre
Lisa sobre a água.
Planície infinita
Que ninguém habita.
O Sol brilha enorme
Sem que ninguém forme
Gestos na sua luz.
...
Sophia de Mello Breyner Andresen

O pescador do mar alto
Vem contente de pescar.
Se prometo, sempre falto:
Receio não agradar.
Fernando Pessoa



Deitada numa das várias espreguiçadeiras que circundam o amplo deck, com as pernas elevadas, é bom estar no meio do mar, no mar planura fabulosa, que parece muito mais perto do que na realidade está
O mar, no oceano abertoé puro e claro.
A partir de uma certa profundidade, as cores começam a ser absorvidas - a vemelha aos seis metros, a amarela aos quinze e abaixo de mais ou menos 30, toda a luz parece de um azul monocromático, sem sombras.

Bem perto do arquipélago Fernando de Noronha, o mar é tranquilo e límpido. Avistam-se praias de areia branca de formas e dimensões diversas, alguma vegetação nos declives, um porto de abrigo para embarcações de recreio, um verdadeiro paraíso...



O sol, subindo acima do horizonte, vem iluminar o Costa Fortuna, no Mar Mediterrâneo, a caminho de Nápoles.
Formado a partir das águas do Oceano Atlântico, o Mar Mediterrâneo não é um mar calmo, embora seja muito raro ver ondas de 5 metros. Integra a categoria de mar interior, o maior do planeta e a salinidade aumenta à medida que nos afastamos do estreito de Gibraltar, tornando a água mais densa.
Ao longo da costa da Toscana, o paraíso natural tem mar cristalino com tons diferentes de azul que banham lindas praias entre penhascos.


À noite, o azul "Mar da Madeira", visto do Costa Fortuna parece fazer parte do quadro dum OVNI em forma de barco ou um pouco da beleza que há na tisteza dos quadros de marinha de António Machado.



sexta-feira, 1 de maio de 2015

DIA UM DE MAIO




- Gostava de ter na minha casa uma parede inteira apenas com esta foto aumentada em alta resolução. 
Será possível?
- Talvez. 
Vou saber se o M. consegue obter a cotação junto do fornecedor de imagens e impressão que trabalha para ele.
- O mar reconforta, o horizonte é tranquilo, há velas imaginárias que ultrapassam a realidade
- O mar tem segredos…
- Saberá qual “o sítio certo na hora certa”?
Enquanto o sol se põe no Ocidente, um outro dia surge no Oriente!

E olha uma vez mais para o curriculum que o levará ao céu… ou ao inferno da frustração novamente.

sábado, 25 de abril de 2015

UM HINO À MÚSICA / ANOS 60 - 3





É sempre com saudade que falo da minha década de 60 
Ela foi, até hoje, a de maior revolução cultural e comportamental com influência nas artes, na música ideologias.

E penso que, só quem efectivamente viveu nessa época, poderá compreender o privilégio daquela geração.





As Músicas

De vários estilos, elas têm conseguido agradar e manter-se actuais ao longo de todas as décadas seguintes.

Apesar de as primeiras manifestações psicadélicas no Rock terem surgido na Inglaterra em 1965 através de Syd Barrett e Pink Floyd, foi nos EUA que o estilo cresceu e atingiu o auge em 1969, no festival Woodstock.
Bandas como CreamThe 13th Floor Elevators, The Byrds e Beach Boys, marcaram toda uma trajectória de revoluções pessoais, guerras, conflitos políticos, libertação feminina e sexual.
Gostaria de não escolher algumas em detrimento de outras porque todas são relevantes e inesquecíveis.

Outras e algumas:

Puppet on a String - Sandie Shaw, Oh Pretty Woman - Roy Orbison, Oh! Carol - Neil Sedaka, Downtown - Petula Clark, These Boots Are Made for Walking - Nancy Sinatra, Oh Happy Day - Edwin Hawkins Singers, Twist And Shout - The Beatles, The Time Of My Life Jennifer Warnes,  Stayin' Alive - Bee Gees, Smooth Criminal - Michael Jackson, Summer Nights - John Travolta e Olivia Newton John, Still Loving You - Scorpions,  Sacrifice - Elton John, California Dreamin - The Mamas & the Papas, All I Have To Do Is Dream -The Everly BrothersBob Dylan, Joan Baez... Frank Sinatra, cuja carreira começou em 1930, dominou durante várias décadas o panorama musical norte-americano e mundial com My Way, uma canção inicialmente escrita em francês mas reescrita por Paul Anka para a sua voz.

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A Lenda De El-Rei D. Sebastião - Quarteto 1111, Canção Verdes Anos - Carlos Paredes, É Preciso Avisar Toda A Gente - Luís Cília, Ele E Ela - Madalena Iglésias), Estranha Forma De Vida - Amália Rodrigues, Hully Gully Do Montanhês - Conjunto Académico João Paulo, Lado A Lado - Tony de Matos, O Lenço - Alfredo Marceneiro, O Vento Mudou - Eduardo Nascimento, Os Vampiros - José Afonso, Pedra Filosofal - Manuel Freire, Povo Que Lavas No Rio - Amália Rodrigues, Sol De Inverno - Simone de Oliveira, Trova Do Vento Que Passa - Adriano Correia de Oliveira, Oh Tempo Volta pra trás  - António Mourão, Maria Rita - Duo Ouro Negro... e Artur Garcia, considerado o "Rei da Rádio" em 1967 e "Príncipe do Espectáculo" em 1969, que foi um dos cantores portugueses mais aplaudidos nos anos 60, sem preterir António Calvário.

  

música francesa tem perdido terreno nas rádios, televisões e imprensa em geral devido à supremacia atribuída aos valores culturais anglo-saxónicos. 
Mas foram as melodias francesas de letras românticas, caracterizadas pela maior flexibilidade das formas musicais procurando focar mais o sentimento, as minhas predilectas:
Claude François Belinda; Carla BruniL’amoureuse; Serge GainsbougMarilou sous la neige; Sylvie Vartan - Non je ne suis plus la meme; Françoise Hardy avec Jacques DutroncPuisque vous partez en voyage; Berry Capri France Gall - “Poupée de cire poupée de son”; Sacha Distel & Richard Anthony – Medley; Charles Aznavour - Et pourtant, Que c'est triste Venise; Jacques Brel On n'oublie rien, Ne me quitte pas, Quand on n'a que l'amour, Les filles et les chiens, J'aimais, La parlote Les bourgeois, Le bon Dieu, Si c’était vrai, La ville s'endormait ; Gilbert Bécaud - Je reviens te chercher; Adamo - C’est ma vie, Vous permettez monsieur; Elvis Presley, Edith Piaf....




A canção ligeira italiana, agradável, lindíssima e inesquecível, interpretada com simplicidade e com alma, fica no ouvido:
Rita Pavoni - Cuore; Gianni Morandi - Scende la Pioggia, Tu sei l’unica donna per me; Bobby Solo - Non Son Degno de Ti, Lacrima sul viso; Sergio Endrigo, Domenico Modugno - Come Prima Più Di Prima; Teddy Reno - Arrivederci RomaGigliola Cinquetti... 




As primeiras boites surgiram na Linha do Estoril (O Caixote em Cascais e Le Cerveou no Estoril). 
As músicas do filme O Zorba tinham- se transformado numa “epidemia”.




Em 1965 são inaugurados o Van Gogo, com pista onde se dança o ié-ié e só entra quem é conhecido ou faz parte do círculo do dono, figura muito in daquele tempo, o Porão da Nau na Av. Fontes Pereira de Melo, junto ao cinema Monumental e A Ronda no Monte Estoril, minha preferida.  
As boites são decoradas com muitos sofás e espaços de dança reduzidos, animadas pelos sons norte-americanos.
No bar do casino, o Wonderbar, com tradição boémia, ceias até tarde e noites dançantes, ao ritmo da orquestra a tocar os sons franceses, o twist e muito chá-chá-chá tornou-se mais animado.


                            Casino

A Ronda

Lembro-me de festas-dançantes em casa de amigos que tinham e tocavam piano e de jantar em restaurantes com pista de dança como A Lareira (onde hoje será o Foxtrot, no Príncipe Real?) ou O Mónaco na estrada marginal de Caxias, boite da moda e salão de chá, que tinha música dançante latina, jazz e tango, tocada diariamente pelo maestro Shegundo Galarza e um guitarrista. 

Algumas vezes havia artistas que cantavam “ao vivo” como José Cid e João Braga.


O Mónaco

Aquela seria a primeira geração que sai à noite em grupos mistos e circula de carro pela cidade, fazendo a ronda das discotecas que, entretanto, foram aparecendo na década de 70.

Acho que a nova geração perdeu o romantismo...


Imagens e videos google

quinta-feira, 16 de abril de 2015

"NÃO PERCAM O AGORA..."

Vindima em Arles (A Miséria Humana), Copenhaga, Ordupgaard 

A miséria de uma criança interessa a uma mãe, a miséria de um rapaz interessa a uma rapariga, a miséria de um velho não interessa a ninguém.
Victor Hugo

A velhice, quarta parte da duração média da existência, é condição de ser velho. E o velho pode ou não ser miserável.



“A Coruja de Minerva só levanta voo ao entardecer”...
Hegel

Se a sábia coruja de Hegel, símbolo da Filosofia da Modernidade ocidental, não adepta de uma visão unidireccional, servisse sempre de orientação na experiência de vida ao longo dos vários anos, talvez um velho até nunca chegasse a ser miserável porque a voz da razão, ao racionalizar a história, mostra que não terá sido em vão.

Porém, nem sempre a inteligência, argúcia, astúcia e sensibilidade da dita coruja, entre outros predicados, são devidamente aplicados pelas pessoas.

Compreende-se que, depois de décadas a conjugar a experiência com o entendimento, alguém, numa pequena fracção da vida, não tenha sabido discernir o óbvio deixando-se arrastar para uma situação de cujos bons resultados nem sequer duvidou? Tal como num sistema de lotaria espera-se sempre que caia a sorte. Algumas vezes ganha-se; outras não...


Viver com dores permanentes faz até esquecer que há pessoas que não as têm.
Tudo dói.
Dói levantar e baixar os braços para comer, escrever, pentear ou prender; dói caminhar, pisar o chão, sentar; dói mastigar, engolir, falar, tossir; dói ver passar tantas horas civis, mortas, contadas, tardias, avançadas, a compasso ou simplesmente a horar; dói, até, pensar. Todo o espaço é ocupado por dôr!

Alguns "pacientes" com dores não as tomam como objecto de conversa ou refutam as contracções por elas provocadas e as pessoas com quem convivem nem acreditam que se vive mesmo com elas todos os dias
Percebe-se isso pela expressão facial, pelo tom com que fazem as perguntas, pela comparação com as dores esporádicas que dizem sentir.
- A mim, hoje também me doem. (dizem, para animar, sempre que escapa um apoio às costas)
- Nas ruas em declive já não se anda com a mesma facilidade (palavras simpáticas na paragem a meio de um percurso)
- As articulações tornam-se menos funcionais à mediada que a idade vai avançando (se se ajeita o pescoço para melhor ver em redor).

Que dizer? Esboçar um sorriso...



Se eu pudesse novamente viver a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido.
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiénico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvetes e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e profundamente cada minuto de sua vida; claro que tive momentos de alegria.
Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente de ter bons momentos.
Porque se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos; não percam o agora."
Don Herold


Imagens Google

quinta-feira, 9 de abril de 2015

AMÉM, AÇUCENAS!


Brancas exuberantes
E roxas abundantes
Todas açucenas.
Apenas!

Assim lhes chamavam
Quando as olhavam
O Pai e a Mãe.
Amém!

Amarilidáceas
Brancas e violáceas
Eram farfalhudas
Repolhudas

E lírios radiantes
Graciosos, brilhantes
Só no ancestral
Espadanal





Imagens Google

segunda-feira, 6 de abril de 2015

LUGARES E PERCURSOS


Ribeira das Vinhas - Lagoa Azul

- A Ribeira das Vinhas aqui em frente está completamente seca!
Será que nos quase 10 Km de percurso, desde a montante da Lagoa Azul até à Praia da Ribeira, já não existe nem um resquício de água?
- Talvez chova dentro de dias, segundo os meteorologistas…
- Que tarde tão linda - temperatura amena, céu quase limpo, apenas um ventinho muito fraco de norte…
Vou andar de bicicleta até ao Guincho.
- Sim. Mas quase 9 Km de ciclovia são um bom percurso!
- Já o tenho feito várias vezes. Atravesso ali o mercado e quando chegar à Marina entro na ciclovia, sempre paralela ao mar, ao longo das Avenidas Rei Humberto II de Itália, da República e da Senhora do Cabo e Estrada do Guincho. Gosto daquela natureza um pouco selvagem. 
Depois há os Faróis de Santa Marta, da Guia e do Cabo Raso, os Fortes de S. Jorge de oitavos, de Crismina e do Guincho, várias praias e arribas.

- Então até mais logo.  


A Praia do Guincho fica num enquadramento paisagístico invulgar, devido à serra de Sintra e às dunas.
Existem dunas de vários tipos – as embrionárias móveis que correspondem aos primeiros estados de vegetação dunar, as brancas que constituem os cordões arenosos próximos do mar e as cinzentas que são fixas e colonizadas por arrelvados vivazes e tapetes de líquenes e musgos.
Tem um areal com cerca de 800 metros. Durante a maré baixa pode observar-se o afloramento de rochas de basalto.
Habitualmente as ondas são muito grandes, óptimas para a prática de desportos aquáticos mas não para nadadores pouco experientes.

- E pronto, já cá estou. Vou tomar um banho quente.
A praia não devia estar má porque tinha bastantes pessoas. E muitos surfistas, como sempre.
Tirei umas fotos. 
- Ainda bem. Vou publicá-las no meu blogue.