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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A VIDA



É...Poder voltar a acreditar
Em ter um dia a mais, outro a menos
Estar acordado e sonhar
Com momentos altos e plenos


Fingir que tudo está bem
“Ouvindo e vendo” as estrelas
Desgostar o que não se tem
Apreciar flores amarelas


Aceitar falhas, qualidades
Fazer ou não, o que está certo
Dar nova forma a realidades
Decidir arrostar o incerto


Lutar contra as injustiças
Ver no pôr-do-sol uma festa
Concluir a partir de premissas
Que o presente é que se atesta


Teatro, magia, provocação
Sistema em curso permanente
Dinâmica celular, evolução
Resposta a estímulos, tendente


Ter a coragem de arriscar
Viver com ou sem laços
Cometer erros e superar
Arrolamento de estilhaços


Ultrapassar as distâncias
Num fatal espaço de tempo
Dizer adeus a ambulâncias
E chorar pelo contratempo


Sorrir pra quem se não gosta
Não cultivar preconceito
Ganhar contra o ódio a aposta
Mantendo a classe e o respeito


A maior empresa do mundo
Proibida de ter falência
Desenhar um porvir fecundo
Com vitória da paciência


Fenómeno que anima a matéria
Metabolismo, reprodução
Passageira em qualquer artéria
Um processo em demolição.


Ser tomado pela ingratidão
Aprender a morrer na quaresma
E na imobilidade, em extinção
Partir ao encontro de si mesma

A vida é...





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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"SER NINGUÉM"



- Romeiro! Romeiro!... Quem és tu?
- Ninguém.

In Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett

"O romeiro é alguém que, sem pertencer ao domínio dos vivos, também não faz parte dos mortos.
É uma não entidade. É alguém não desejado."

Como os pobres do meu País, Portugal.

Como eu, considerada apenas “a pensão progressivamente usurpada”...
... Mas que ainda não perdeu a capacidade da indignação diante da fome e da pobreza com que os governantes torturam os desafortunados demonstrada frequentemente neste cantinho (enquanto houver liberdade para exprimir opiniões) como em O meu País tem aromas” (cheira a pobreza); “Velhos de Portugal com fome”; “Escravatura à vista”, entre outros postes.


Hoje recebi um emailQUE TRISTEZA!para partilhar. Aqui está também, com o respectivo comentário.


 *Sopa dos Pobres - 1945 e 2013!*
*Em 1945, foi a Guerra provocada pela Alemanha de Hitler; em 2013 é a
Guerra provocada pela Alemanha de Merkel e por Passos Coelho!
Ao que chegamos!*



"O mundo é de quem não sente (…) 

A qualidade principal na prática da vida é aquela qualidade que conduz à acção, isto é, a vontade. Ora há duas coisas que estorvam a acção - a sensibilidade e o pensamento analítico, que não é, afinal, mais que o pensamento com sensibilidade. Toda a acção é, por sua natureza, a projecção da personalidade sobre o mundo externo, e como o mundo externo é em grande e principal parte composto por entes humanos, segue que essa projecção da personalidade é (…) ferir e esmagar os outros, conforme o nosso modo de agir.
(…) Quem simpatiza pára.

O homem de acção considera o mundo externo como composto exclusivamente de matéria inerte - ou inerte em si mesma(...) ; ou inerte como um ente humano que, porque não lhe pôde resistir, tanto faz que fosse homem como pedra, pois, como à pedra, ou se afastou ou se passou por cima."
(...) O estratégico é um homem que joga com vidas como o jogador de xadrez com peças de jogo. Que seria do estratégico se pensasse que cada lance do seu jogo põe noite em mil lares e mágoa em três mil corações? Que seria do mundo se fôssemos humanos? (...)
Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego


O fosso entre pobres e ricos em Portugal é o maior no conjunto dos países da União Europeia. O rendimento dos dois milhões de portugueses mais ricos do país é quase sete vezes maior do que o rendimento dos dois milhões de pessoas mais pobres.

Um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês. E 32% da população activa entre os 16 e os 34 anos seria pobre se dependesse só do seu trabalho.
Estudo "Desigualdade Económica em Portugal

Não consta da agenda do Conselho de Ministro, mas o Expresso apurou que do Governo vai sair um novo pacote de austeridade que compense o chumbo do Tribunal Constitucional aos despedimentos na função pública e à convergência dos sistemas de pensões.
Cerca de dois terços dos desempregados reais não têm meios de subsistência.

Passos Coelho não olha a meios para chegar aos fins. Se for preciso mentir, ele mente. E ameaça.
Como disse Fernando Alves, na TSF, "não revela apenas insensibilidade social, mas desprezo pelos mais desamparados"

Tentou fazer passar uma lei claramente inconstitucional (a requalificação dos funcionários públicos), para, depois de chumbada, poder pôr as culpas do segundo resgate na lei e no Tribunal Constitucional. Desculpabiliza o Governo pelas políticas de austeridade e ameaça os portugueses de que se as condições não forem aceites, vêm aí coisas ainda muito piores.


"No final desta crise, o executivo de Passos Coelho terá dado aos grupos económicos sectores estratégicos da economia, como a energia e as águas, que gerações de contribuintes pagaram. Terá acabado com a educação e a saúde públicas, de modo a que haja um serviço pago, de qualidade, para os ricos e uma espécie de sopa dos pobres para todos os outros. E, finalmente, terá garantido uma mão-de-obra submissa e a metade do preço. Não lhe interessa que os portugueses vivam melhor, basta-lhes que alguns tenham lucros milionários."
 Nuno Ramos de Almeida, Jornal i


13 Outubro de 2011
O jornalista António Sérgio Azenha investigou e analisou os rendimentos de 15 políticos antes e depois de passarem pelo Governo português. O resultado está no livro 'Como os políticos enriquecem em Portugal', da editora Lua de Papel.



D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, alertou para a “pobreza escondida” e a corrupção na sociedade portuguesa, pedindo respostas concretas dos seus governantes.


Imagens Google

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

"ESTA É A DITOSA PÁTRIA MINHA AMADA"




Ler o magnífico poema épico de Camões pode ser a forma perfeita para ultrapassar o negro presente.  


"Eu canto o peito ilustre Lusitano..."

Os “lusíadas” são os portugueses todos, os passados, os presentes e futuros,  na medida em que assumam as virtudes que caracterizam, no entendimento do poeta, o povo português e que ele sintetiza, na dedicatória a Dom Sebastião:

"Vereis amor da pátria, não movido
de prémio vil,  mas alto e quase eterno
,"

Camões foi pioneiro da moderna consciência universalista, excedendo todas as ideologias.

Refere-se a si como um poeta admirador do povo e dos heróis portugueses, revelando espírito crítico ao que o envolvia na época.  

Canta:

"Aqueles sós direi, que aventuraram
Por seu Deus, por seu Rei, a amada vida,"



Dom Afonso Henriques - Vasco da Gama
Mas, por oposição:

"Nenhum ambicioso, que quisesse
Subir a grandes cargos, cantarei,
Só por poder com torpes exercícios
Usar mais largamente de seus vícios..." 

"Nenhum que use de seu poder bastante,
Para servir a seu desejo feio,
...
Quem, com hábito honesto e grave, veio,
Por contentar ao Rei no ofício novo,
A despir e roubar o pobre povo"
“ E não acha que é justo e bom respeito,
Que se pague o suor da servil gente;
Nem quem sempre, com pouco experto peito,
Razões aprende, e cuida que é prudente,
Para taxar, com mão rapace e escassa,
Os trabalhos alheios, que não passa”
        
"Quanto no rico, assi como no pobre,
Pode o vil interesse e sede immiga
Do dinheiro, que a tudo nos obriga. "

" A Polidoro mata o Rei Treício,
Só por ficar senhor do grão tesouro;
Entra, pelo fortissimo edifício,"
Faz tradores e falsos os amigos; (...)
E entrega capitães aos inimigos;"

"...este faz e desfaz leis;"

O Poeta afirma a sua posição independente de cantor do justo e do direito, acusando os hipócritas, os interesseiros, os opressores do povo.

Aponta para um dos males da sociedade sua contemporânea, orientada por valores materialistas e faz uma severa crítica ao poder corruptor do dinheiro e do «ouro».

Ao cantar a gesta heróica do passado, o poeta pretende mostrar aos seus contemporâneos a falta de grandeza do Portugal presente.





Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho

Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho

Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Düa austera, apagada e vil tristeza"


TÃO ACTUAL...

Há a crise de regime em que vivemos, com a crescente descrença nos políticos e nas instituições democráticas
Há a vergonhosa disputa de interesses nos aparelhos partidários
"A maioria dos políticos que consegue acumular autênticas fortunas ao fim de uma mera dezena de anos!"
Há uma imunda ignomínia e impunidade traduzidas também na imagem de corrupção transversal a todo o país.




Há uma Assembleia da República, Centro da Corrupção em Portugal
Há silêncios e “assobios para o ar" face às leis feitas por “eles próprios através de gabinetes de advogados privados” porque sabem que passam inocentados pelo sistema colaboracionista da justiça, ajudados pelos poderes centrais e autárquicos.


Há portugueses que, mesmo ilustrados, toleram bem a corrupção desde que "deixe obra" para si. "A corrupção incomoda-os. Mas o que os incomoda não é o roubo. É serem eles os roubados. Se o corrupto lhes deixa alguma coisa a corrupção deixa de ser um problema"
(Ao tomar conhecimento da vitória eleitoral…  Isaltino Morais lançou jornais a arder pela janela da sua cela na Carregueira, juntando-se assim às largas dezenas de carros dos apoiantes da lista Isaltino Oeiras Mais À Frente”)


 Armando Vara, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, o senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, Sócrates, Duarte Lima...milhentos que "procuram a fama para proveito próprio", "exploradores do povo".

      

No final d'Os Lusíadas num momento de desalento quanto ao estado da nação, dirige-se a Dom Sebastião… rogando-lne que nunca outros possam dizer que os Portugueses são uma nação servil, em vez de senhorial.


“Fazei, Senhor, que nunca os admirados
Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,
Possam dizer que são para mandados,
Mais que para mandar, os Portugueses.
Tomai conselho só d'experimentados,
Que viram largos anos, largos meses,
Que, posto que em cientes muito cabe,
Mais em particular o experto sabe”




Pois hoje,  Camões, "ESTA É A DITOSA PÁTRIA MINHA AMADA"... Uma Nação SERVIL exemplar!

(HAVERÁ POR AÍ ALGUÉM QUE CAMÕES POSSA CANTAR ?)


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terça-feira, 1 de outubro de 2013

O "SR. BARROSO, PRINCÍPIO DO FIM... "



Quando Durão Barroso era primeiro-ministro de Portugal, advogava a total privatização da economia portuguesa, incluindo bens essenciais como a água.
E a medida agradou tanto aos neoliberais da UE, que não tardaram a convidá-lo para chefiar a Comissão Europeia (deixando ficar atrás o estigma de fuga por causa da crise económica e da derrota eleitoral...)




Durão Barroso tem sido, então, desde 2004, o leader da Comissão - instituição definida como politicamente independente e que representa e defende os interesses da União Europeia  (UE) na sua globalidade.


Qualidades naturais, experiência, conhecimentos adquiridos, empatia, visão estratégica, intuição para respostas em cenários de crise, capacidade de trabalho, determinação e vontade foram também, com certeza, algumas das características ponderadas...
Recordando a célebre frase «tenho a certeza que serei primeiro-ministro, só não sei é quando", torna indiscutíveis pelo menos as três últimas.
Em 1993, o World Economic Forum, talvez por ter sido o principal promotor dos acordos de Bicesse e um divulgador da causa da independência de Timor-Leste no panorama político internacional, destacava-o como um dos "Global leaders for tomorrow" e um "political star."

Mas então o que é que Durão Barroso tem feito desde que assumiu as funções de Presidente, além de ter deixado cair vários países às mãos dos especuladores financeiros? 
Talvez muitas outras coisas que eu desconheço porque só de retórica são feitas as noticias a que tenho acesso.
Porém, sabemos que a Alemanha avança e não é só por mérito próprio; a demissão dos que se baixam para que ela galgue, tem sido uma constante.

Ainda que sem grande repercussão, já tem havido certas vozes que se começaram a ouvir contra a cobardia que vai deixando a Europa desagregar-se, empobrecer, retroceder.

2013-06-12 

Rachida Dati (ex-ministra da Justiça francesa, deputada europeia do PPE) afirmou em comunicado :
- «O senhor Barroso deve ir-se embora, e depressa. A sua falta de coragem e a sua ineficácia prejudicaram decididamente muito os europeus».
«Para que serve a Comissão Europeia se, por medo dos seus parceiros comerciais, ela se recusa a defender os europeus e tudo o que constitui a nossa especificidade? O senhor Barroso está a curvar-se perante os Estados Unidos antes mesmo de as negociações começarem».


Costa-Gavras (realizador), numa conferência de imprensa no Parlamento Europeu:
 - «O senhor Barroso é um homem perigoso para a cultura europeia». 






As críticas a Durão Barroso surgem depois das longas negociações realizadas entre os 27 ministros do Comércio da União Europeia para acordar os termos do que será o maior negócio de comércio livre do mundo - Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento UE-EUA- com agenda marcada na Cimeira do G8, Irlanda do Norte.






Desgarrado, também acontece um elogio.

25-09-2013

"Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, foi hoje (25) galardoado em Espanha com o Prémio Carlos V 2012, por representar o interesse geral num período de crise e pela sua destacada contribuição para o desenvolvimento da Europa"
O Prémio, dotado com 45.000 euros, foi atribuído pela Fundação Academia Europeia de Yuste, em Mérida.
José António Monago, presidente do Governo de Estremadura sublinhou ainda a "indubitável e destacada contribuição no desenvolvimento de Europa desde o ano 2004", bem como a sua "carreira política e humana aberta à Europa".
Mikhail Gorbachev, Jacques Delors, Felipe González e Javier Solana, foram algumas das individualidades anteriormente destacadas.


E a 11 de setembro de 2013 em Estrasburgo, também acontece o discurso anual do presidente da Comissão Europeia sobre o estado da EU, perante o Parlamento Europeu, seguido de uma súbita rajada de comentários muito críticos e muito pouco elogiosos.



O DISCURSO  (inspirado no modelo americano, - criticado por eurodeputados - o discurso do "estado da União" em Estrasburgo, com a economia em lugar de destaque)

Resenha

Durão Barroso proclamou o fim da crise económica sem deixar de frisar que os sinais de recuperação ainda são frágeis. 
Focou os mais de 26 milhões de desempregados, que apontam a União Europeia como a ovelha negra em termos económicos, a nível mundial, o
crescimento anémico, o estado social pouco ajustado à necessidade de disciplina orçamental e à redução das dívidas públicas, a falta de coragem para reformas profundas tanto nos Estados-membros como na "monstruosa teia burocrática de Bruxelas"e apelou à criação urgente da união bancária, que "avança a passos de tartaruga, com a Alemanha e os seus aliados a travarem um projecto que só avançará quando a banca europeia limpar todos os seus armários dos muitos esqueletos que resultaram de anos de dinheiro fácil e barato".
A um ano das eleições europeias, Barroso disse não ter dúvidas de que "os governos e os políticos que avançam com reformas penosas para as populações podem ser punidos pelo eleitorado, atraído pelos populistas e pelos que não acreditam no projecto europeu". 
Mas que "sem essas reformas, sem o novo normal, a União Europeia tem os dias contados"
Com a Rússia a "roubar" aliados à União Europeia, Barroso atirou-se a David Cameron perdendo pontos para acrescentar aos já perdidos junto de Merkel e Hollande.


COMENTÁRIOS

Le Soir
«Em Estrasburgo, José Manuel Durão Barroso falhou completamente o seu discurso. Era mais um dos seus discursos habituais - e são muitos... A oito meses das eleições europeias, a rotina não pode representar uma resposta ao desespero de muitos europeus, e à deterioração crescente da perspetiva que têm da Europa. [...] Este é talvez o princípio do fim do projeto europeu. Uma perspetiva arrepiante...
Mas assistimos ontem ao princípio do fim de José Manuel Durão Barroso.»

yiannis
«Barroso, quem é ele? Ele impede os políticos europeus que tomam decisões estúpidas de execução sobre o euro no sul da Europa?»

Cerstin Gammelin no Süddeutsche Zeitung de Munique
«A Comissão foi fundada para garantir o bom funcionamento do mercado único. Hoje, após dez anos sob o mandato de Barroso, está mais enfraquecida do que nunca. Na altura, a Comissão era uma instituição fiável para os países do Sul. Hoje em dia, os cidadãos confiam mais nas instituições nacionais. […] Uma situação perigosa, uma vez que o mercado único é o projeto mais importante da união política, a garantia da confiança que une os 28 países-membros. A Comissão controla este mercado e está a destabilizá-lo, a abanar os alicerces da UE. A Europa não pode voltar a ter um segundo presidente como Barroso»

spanishengineer
«Sob o mandato de Durão Barroso e Van Rompuy, a UE perdeu a oportunidade de atuar como um contrapeso e equilíbrio de poder entre grandes e pequenos países e também entre grandes e pequenas empresas. Minha percepção é que hoje a maioria dos europeus se sentem vulneráveis, porque eles veem ninguém para defendê-los. Você é deixado com a possibilidade de ir para seus Parlamentos nacionais ou seus bancos centrais, porque tudo depende do que eles dizem, em Bruxelas, e o que eles dizem em Bruxelas? Dizem o que diz Merkel.»

Nuno D
«Barroso foi um dos primeiros-ministros mais ridículos que Portugal já teve. (…). Outro personagem brilhante é o vice-presidente do BCE, Vítor Constâncio. Ele foi provavelmente o pior governador do Banco de Portugal desde a sua fundação, miseravelmente incompetente. Mas, como se vê, ele foi promovido…»

papa21
«Obviamente o homem errado para tempos difíceis. Precisamos, sim, uma espécie de Churchill para o lugar, e não um administrado.

gachupina
«Barroso foi eleito para o Conselho Europeu para não incomodar.»

cubase
« Euro e EUs são um desastre e não há nada que possa salvá-los, bom dia!»

Victorio
«Sim, é hora de votar um novo Presidente da Comissão. Barroso não foi muito ruim, mas não é realmente impressionante também. Espero que a eleição para o Parlamento Europeu no próximo ano dê início a um debate político transeuropeu sobre o futuro da EU».

E muitos outros...

Imagens e tradução Google

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ROBIN DOS BOSQUES, PROCURA-SE


PASSOS COELHO - PC (durante um jantar de campanha do PSD para as eleições autárquicas, em Alcanena):


- "Algum dos senhores em Portugal, nesta sala ou em qualquer outra, desejaria que esse fosse o nosso resultado, o de ter de pedir novamente ajuda externa"?
"Eu não acredito, e não acredito porque as pessoas sabem que, se isso acontecesse, ninguém nos emprestaria dinheiro se nós não cumpríssemos aquilo a que já nos comprometemos"

Mas que conversa tão confusa! 

Todos sabemos que, apesar de se cumprir aquilo (quantas vezes mais?) porque ninguém quer ficar mal na fotografia, haverá uma nova ajuda externa...

PC - "As pessoas cá dentro começam a perceber que finalmente a nossa economia vai melhorar, mas fora começa a haver duvidas sobre se nós conseguiremos fechar este processo de programa de ajustamento".

É... Eu estou cá dentro e ainda não comecei a perceber coisa nenhuma.
Quanto às dúvidas de fora acho que são legítimas e há quem confirme 

WOLFGANG MÜNCHAU (colunista do "Financial Times" e fundador da Eurointelligence

"Portugal precisa de uma redução da dívida, de um perdão parcial da dívida. 
Com um crescimento anual de 8% a 10%, ao longo de um período de 10 a 15 anos, é possível pagar a dívida... Mas isto não vai acontecer a Portugal. Portugal conseguirá num cenário optimista, uns 2% que não será suficiente
- ” Começa a ser cada vez mais difícil a Portugal pagar a sua dívida. Mesmo um segundo resgate não iria ajudar. Um resgate não é mais do que um crédito, não reduz a dívida, a única coisa que faz é adiar o problema. Pode aliviar no curto prazo, mas não resolve nada numa perspectiva de longo prazo"

PC - "Há ainda alguns riscos associados a medidas que constam do nosso contrato com quem nos deu o dinheiro. Quando fazemos um contrato devemos cumpri-lo. Compromete-mo-nos a fazer uma série de medidas e temos de as fazer. A dúvida sobre se é possível ou não cumprir com essas medidas pode determinar a nossa sorte hoje".

Pois, quanto às medidas já ninguém tem dúvidas porque serão sempre as mesmas... - cortes nas pensões pagas pela Caixa Geral de Aposentações, apontadas como essenciais "para que os parceiros internacionais de Portugal acreditem no cumprimento do Programa de Assistência Económica e Financeira assinado em 2011".

Mas "contrato com quem nos deu o dinheiro"?! 
"Nos", que são quem?
"Nos", os que usufruímos do saque das medidas... porque o Governo recusa-se a taxar o grande capital impondo simultaneamente ao povo uma carga fiscal cujos destinatários são também os grupos financeiros e económicos! ("nos")
Para Passos Coelho os fins justificam os meios, a palavra em política tem um valor relativo, a dignidade e os princípios são uma anedota, a sua vida é orientada em função do poder, curvado pelo dinheiro e enredado numa teia complexa de interesses, servindo-se com prazer dos que o não têm.
Segue a política monetária dos grupos económicos sem escrúpulos, cada vez com mais tentáculos !



STANLEY DRUCKENMILLER ( multimilionário) -"Federal Reserve está não só a inflacionar os mercados mas também a deslocar os bens da classe média e dos pobres para os ricos.
Atrasar o aperto da política monetária (por decisão surpreendente do Fed), é fantástico para cada pessoa rica", disse!






Contra tanto sadismo, só um verdadeiro ROBIN dos BOSQUES, ajudado por homens tipo "João Pequeno" e "Frei Tuck", que lidere uma oposição contra as injustiças, a ganância e a petulância dos ricos poderá virar as páginas da História, ajudando os despojados a readquirir regalias perdidas e as " terras que o Príncipe João está a taxar".


"Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas pensionistas, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…" 



São os pensionistas que injectam capital público no Banif, indemnizam os cinco ex-administradores do BPN absolvidos porque «a acção foi intentada no tribunal errado», repoem o que se perdeu nos contratos financeiros de alto risco assinados por administradores de empresas públicas, ajudam as privatizações das "empresas públicas que funcionam mal e dão prejuízo”, etc., etc. e JP Morgan, principal beneficiada pelos contratos swap feitos pelas empresas públicas portuguesas, um dos maiores criadores de derivativos de crédito, ainda será brindada com a privatização dos CTT?

Porque negoceia a PARPÚBLICA  o que quer, da forma que entende, sem incorrer em qualquer ilícito e regista um resultado consolidado negativo de 75,7 milhões de euros no primeiro semestre do ano, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)?


Wolfgang Münchau disse ainda, quando interrogado durante a Conferência "Portugal Europeu. E agora?:
 " Portugal não vai lá sem um perdão de dívida. E sugere que Lisboa diga aos parceiros europeus que se não houver perdão, o país terá mesmo de sair do Euro.
Pare este especialista, a "permanência de Portugal no Euro deve mesmo ser utilizada como uma estratégia negocial perante os parceiros europeus.

Imagens Gopgle