UM "PARAÍSO" EM DISSOLUÇÃO? - 2

Quando, em 29 do mês passado, me ocorreu falar de PORTUGAL «“UM PARAÍSO” EM DISSOLUÇÃO?», além da minha própria opinião, referi também a de muitos outros portugueses e estrangeiros (sobretudo).

Hoje, ao procurar informação pelo mundo no sapo.pt., vejo em grande destaque, uma notícia que vem reforçar e completar magnificamente o meu poste.

É de uma estrangeira.

E por ser tão relevante, transcrevo-a na íntegra. 

Anexo ainda um comentário complementar de um português.

Lisboa foi eleita recentemente como uma das cidades mais “cool” da Europa. A Renascença conversou com a jornalista responsável por esta distinção, que se desdobrou em elogios à capital, mas não só.

04-02-2014 0:08 por Catarina Marques Rodrigues

“Não consigo criticar nada em PORTUGAL. Volto em Abril”, diz jornalista da CNN

Fiona Dunlop é uma visitante assídua de terras lusitanas. A jornalista da CNN contou à Renascença que a ideia de fazer uma peça sobre Lisboa partiu do seu editor, ao saber que a cidade tinha sido distinguida em Outubro do ano passado como a melhor cidade para citybreaks – uma espécie de miniférias. 

Fiona Dunlop já tinha estado em Portugal no Verão passado. Elogiou as “vistas fantásticas”, a arquitectura que combina o estilo oitocentista com um cunho vintage, e o peixe também mereceu a sua aprovação. Além da capital, a jornalista elogia o Alentejo e o Algarve, destino muito procurado pelos conterrâneos britânicos.

“Lisboa tem muitos aspectos particulares. Tem umas vistas fantásticas. Olhamos para o rio e parece que estamos a ver o resto do mundo. Não nos sentimos presos na cidade. A arquitectura tem um estilo antigo e elegante, ao estilo do século XVIII, na zona da Baixa. Dá-lhe um ar vintage, mas moderno”, começa por dizer à Renascença.

Mas, acrescenta Fiona Dunlop, “o que é fantástico mesmo é o peixe, é muito bom, muito fresco”. “Em Portugal têm um treinador muito famoso, o Mourinho. As pessoas estão sempre a par do que ele diz. À parte disso, o que conhecemos é o Algarve. É onde os ingleses vão nas férias. Resumindo, Lisboa é uma cidade cheia de estilo, e é por isso que é a cidade mais cool”, resume Fiona Dunlop.

Além da beleza da capital, a jornalista da CNN realçou o optimismo dos portugueses. “Vocês estão a atravessar grandes dificuldades económicas neste momento. Estive aí no Verão passado e fiquei surpreendida, estava à espera que estivessem deprimidos, mas não senti nada disso”, revelou.

“Sinto que estão a lutar e a passar por tempos difíceis, mas parecem muito positivos. Não consigo criticar nada em Portugal”, sublinha.

Aliás, revela Fiona Dunlop, “estamos a falar e eu estou neste momento a planear uma viagem, desta vez para o Porto, Ponte de Lima, a uma quinta de produção de vinho, para visita de turistas. Acho que é uma ideia muito interessante para as pessoas verem a produção de vinho e ficarem num destes sítios”. “Essa viagem será provavelmente em Abril.” 

Vitor Albuquerque, Charneca da Caparica

"É verdade. Portugal tem tantas coisas boas que não devemos deixar que as más, (sobretudo nos tempos difíceis que correm mas que, ainda assim, devem ser colocados em perspectiva numa cronologia histórica com 800 anos) nos impeçam de as vermos: segurança (sim, pensemos no nosso querido Brasil, no México, na generalidade da Àfrica, no leste da Europa), clima (sem comentários mesmo quando há borrasca, como neste Inverno), paisagem, arte em geral (arquitectura, poesia, música, arte moderna), multicuturalismo (uma das nossas maiores riquezas), turismo (enológico, de praia, de natureza, histórico, etc) história (sem palavras), ciência (apesar das dificuldades acrescidas, há dúvidas quanto à valia dos nossos cientistas face aos resultados que vêm apresentando ?), paz social (não, não somos carneiros. A sabedoria de ouvir e conversar quando tudo pede discussão aos gritos, sem rumo nem vencedor. Como estão os países onde ocorreu violência ? A Grécia prepara o 3º resgate), ausência de nacionalismos (sabem como dizem os galegos: a diferença entre ambas as nações é que nós vencemos a guerra, contra leão e castela como é óbvio), de cismas religiosos ou étnicos (genericamente uniformes, todos os outros são respeitados e vivem em paz), etc. Se calhar este é o momento de fazermos aquilo que muitas vezes criticamos, que é importar o que os outros pensam. Falem com estrangeiros ou portugueses que estejam há mais de 6 meses no estrangeiro. Sem "baba" histórica ou quixotismos. Viva Portugal."