A Lua dos poetas…
…
Bêbada branqueia
Como pela areia
Nas ruas da feira,
Da feira deserta,
Na noite já cheia
De sombra entreaberta.
A lua branqueia
Nas ruas da feira
Deserta e incerta…
Fernando Pessoa
E a de Miguel Claro
no último dia 13 de Junho.
Fotografias tiradas a 13 de Junho por Miguel Claro - A sua sexta fotografia a ser destacada pela NASA
Aos 36 anos, o astro fotógrafo viu uma foto sua ser destacada pela NASA pela sexta vez.
Apesar de ter sido tirada a 13 de Junho, só a 21 do mesmo mês o site Astronomy Picture of the Day (APOD), o mais prestigiado de astronomia e fotografia do mundo, ligado à respetiva agência espacial norte-americana, considerou o trabalho como “foto do dia”
Clicar AQUI para aceder ao site oficial de Miguel Claro e ver
a sequência completa captada pelo fotógrafo e AQUI para
visitar a página da APOD onde a fotografia portuguesa foi destacada.
Num cenário especial, com o Cristo-Rei a
servir de pano de fundo em primeiro plano, não para tirar retratos a turistas
ou casais de namorados mas para obter, num lapso de tempo, uma sequência de fotografias em que as cores
invulgares e as proporções grandes da Lua cheia se tornam evidentes, a câmara fotográfica acompanhou o percurso da lua a cada minuto, durante cerca de uma hora.
O resultado consiste na soma dos retratos e capta a chamada “lua de mel” (“honey moon”), que corresponde à fase em que a última lua cheia antes do solstício de verão (dia 21 de junho, o mais longo do ano, chamado "perigeu") está mais próxima da terra - o Sol percorre o seu maior arco no céu do Hemisfério Norte.
O local e o momento para fazer a fotografia foram estudados previamente.
«O gradiente de cores, desde um tom mais avermelhado ao início da noite, até aos tons de ouro de uma Lua redondinha à medida que a noite se alongava, desenhou uma linha oblíqua perfeita no céu.
Esta Lua de Mel em Lisboa, assim designada por causa da sua cor, foi captada por Miguel Claro numa rua em Algés, a cerca de seis quilómetros de distância do objeto alvo, o Cristo-Rei, que está a 128 metros do chão, local que lhe permitiu registar com a sua máquina fotográfica a imensidão desse momento.
“A lua é 400 vezes mais pequena que o sol e está 400 vezes mais perto de nós. Está no infinito e, perante a minha câmara, vai ter sempre o mesmo diâmetro aparente. O mesmo não acontece com os objetos da terra, razão pela qual tive de me afastar o mais possível do Cristo-Rei de modo a criar a ilusão de uma lua de grandes proporções”, explica, ao Observador.
“A lua é 400 vezes mais pequena que o sol e está 400 vezes mais perto de nós. Está no infinito e, perante a minha câmara, vai ter sempre o mesmo diâmetro aparente. O mesmo não acontece com os objetos da terra, razão pela qual tive de me afastar o mais possível do Cristo-Rei de modo a criar a ilusão de uma lua de grandes proporções”, explica, ao Observador.
O fenómeno,
resultante da soma de todas as cores, é provocado pela dispersão da luz branca
do Sol quando atravessa a atmosfera do nosso planeta.
Em contacto com as
moléculas dos gases que compõem o ar - oxigénio, nitrogénio e hidrogénio -
algumas cores como o violeta, o azul e o verde, podem dispersar-se e ficar imperfectíveis.
Isto acontece quando a Lua está mais próxima do horizonte – ao amanhecer ou ao anoitecer.
A luz penetra a parte da atmosfera mais próxima do chão e atravessa uma camada
mais densa de ar, onde perde grande parte das suas cores azul e verde. A
mistura do muito amarelo, laranja e vermelho, as cores que sobram, é que dá origem ao tom
amarelado.
Miguel descreve o momento assim:
“Ela começou com um tom mais avermelhado. E, à medida que se foi afastando do horizonte, a luz já foi chegando [à Lua] de forma um bocadinho mais directa deixando de estar sob a influência da turbulência atmosférica que existe próxima da linha do horizonte. Conforme foi subindo, ganhou aquela tonalidade dourada.”
A boa notícia ia sendo anunciada anteriormente…
12 junho 2014
A boa notícia ia sendo anunciada anteriormente…
Avião iluminado pelo sol poente na frente de uma lua cheia depois de descolar do aeroporto de Sidney, na Austrália. Nos primeiro minutos desta sexta-feira (13), as pessoas que estiverem na parte leste da América do Norte vão assistir a um fenómeno conhecido como lua de mel, que é a coincidência da fase de lua cheia com o período (chamado perigeu) em que ela está mais próxima da Terra - a 362.065 km de distância.
E porque acho a Astronomia fascinante, embora a minha sabedoria em Física não tenha sido muito aprofundada - apenas me limitei a espreitar algumas constelações e um ou dois planetas através de um par de binóculos sem que nunca tenha contribuído, como simples amadora que gostaria de ser, para qualquer descoberta ou observação de fenómenos transitórios - deixo mais este apontamento
Cometas ao longo da
História
«O telescópio Spitzer, da Nasa (agência espacial dos EUA), flagra uma rara supernova Ia. Denominada N103B, o corpo celeste situa-se na Grande Nuvem de Magalhães, a 160 mil anos luz de distância da via Láctea. Diferentemente das enormes explosões que caracterizam as supernovas - corpos celestes que surgem quando uma estrela com mais de 10 massas solares chega ao fim -, são menos intensas. Elas resultam da explosão de uma anã branca - corpo celeste que surge após a morte de uma estrela que não possui massa suficiente para explodir em supernova. Por causa da sua caracterísitica inusitada, em que uma explosão ocorre quando uma estrela morre, "alimenta-se" de uma estrela anciã…»
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