O Diabo a Seu Lado
(Investigação Discovery) é o nome do personagem que mergulha nas vidas secretas
de homens e mulheres que se escondem por trás das máscaras de cidadãos corretos
e respeitadores da lei.
À medida que cada
história se vai desenrolando, as pessoas a quem eles amam ou amavam vão
contando em primeira mão a história dessas traições inimagináveis que os
surpreenderam.
Acho que o mundo é governado, cada
vez mais acentuadamente, por este tipo de indivíduos - PSICOPATAS
Estão-se
nas tintas sobre o que as outras pessoas pensam deles.
“Implacabilidade,
charme, concentração, resistência mental, ausência de medo, atenção plena e
capacidade de agir, são alguns traços dos psicopatas, mas que também nos
tornariam heróis na mesa de cirurgia ou numa acção militar de resgate. É só
preciso não deixar para trás a empatia.
Os psicopatas nunca
adiam. Estão muito virados para a recompensa. Se querem alguma coisa, vão atrás
dela.
Muitos de nós têm medo da
rejeição, de falhar. Se há um preço a pagar por alguma coisa, os psicopatas não vêm o
lado negativo, atiram-se ao positivo"
Quem os define assim, é o psicólogo britânico Kevin Dutton.
Não é isto que está já acontecendo?
O sonho de Pedro Passo
Coelho
Ministros Mota Soares - Paulo Macedo
O Mota Soares está a fazer bem o seu trabalho. Sempre com aquela cara de anjo, sem nunca se desmanchar. Não são os tipos da saúde pública que costumam dizer que a pobreza é a coisa que mais mal faz à saúde? Eles lá sabem. Por isso, joga tudo a nosso favor. A tendência já mostra isso e o que é importante é a tendência. Como eles adoecem mais, é só ir dificultando cada vez mais o acesso aos tratamentos. A natureza faz o resto.
O Paulo Macedo também faz o que pode. Não é genocídio, é estatística. Um dia lá chegaremos, o que é importante é que estamos no caminho certo. Não há dinheiro para tratar toda a gente e é preciso fazer escolhas. E as escolhas implicam sempre sacrifícios. Só podemos salvar alguns e devemos salvar aqueles que são mais úteis à sociedade, os que geram riqueza. Não pode haver uns tipos que só têm direitos e não contribuem com nada, que não têm deveres.
Estas tretas da
democracia e da educação e da saúde para todos foram inventadas quando a
sociedade precisava de milhões e milhões de pobres para espalhar estrume e
coisas assim. Agora já não precisamos e há cretinos que ainda não perceberam
que, para nós vivermos bem, é preciso podar estes sub-humanos.
Que há um terço que
tem de ir à vida não tem dúvida nenhuma. Tem é de ser o terço certo, os que
gastam os nossos recursos todos e que não contribuem. Tem de haver equidade. Se
gastam e não contribuem, tenho muita pena...os recursos são escassos. Ainda no
outro dia os jornais diziam que estamos com um milhão de analfabetos. O que é
que os analfabetos podem contribuir para a sociedade do conhecimento? Só vão
engrossar a massa dos parasitas, a viver à conta. Portanto, são: os
analfabetos, os desempregados de longa duração, os doentes crónicos, os
pensionistas pobres (não vamos meter os velhos todos porque nós não somos
animais e temos os nossos pais e os nossos avós), os sem-abrigo, os pedintes e
os ciganos, claro. E os deficientes. Não são todos. Mas se não tiverem uma
família que possa suportar o custo da assistência não se pode atirar esse fardo
para cima da sociedade. Não era justo. E temos de promover a justiça social.
Outro terço tem de
ficar com dono. É chato precisarmos ainda de alguns operários e assim, mas esta
pouca-vergonha de pensarem que mandam no país só porque votam, tem de acabar.
Para começar, o país não é competitivo com as pessoas a viverem todas
decentemente. Não digo voltar à escravatura - é outro papão de que não se pode
falar -, mas a verdade é que as sociedades evoluíram muito graças à
escravatura. Libertam-se recursos para fazer investimentos e inovação para
garantir o progresso e permite-se o ócio das classes abastadas, que também
precisam. A chatice de não podermos eliminar os operários como aos sub-humanos
é que precisamos destes gajos para fazerem algumas coisas chatas e, depois (por
enquanto), votam - ainda que a maioria deles ou não vote ou vote em nós. O que
é preciso é acabar com esses direitos garantidos que fazem com que eles
trabalhem o mínimo e vivam à sombra da bananeira.
Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim.
Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim.
O outro terço são
profissionais e técnicos, que produzem serviços essenciais, médicos e
engenheiros, mas estes estão no papo.
Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sustentável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres.
Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sustentável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres.
Com um terço da
população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode
voltar a ser estável e viável. A verdade é que a pegada ecológica da sociedade
actual não é sustentável. E se não fosse assim não poderíamos garantir o nível
de luxo crescente da classe dirigente, onde eu espero estar um dia.
Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portar-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à elite."
Por José Vítor Malheiros - Colunista no Público
Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portar-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à elite."
Por José Vítor Malheiros - Colunista no Público
[‘Sou um liberal de esquerda. A minha marca política é não estar com ninguém. Estou só em todo o lado’]
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