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quinta-feira, 9 de julho de 2015

"EU TIVE DOIS AMORES..."


Para a maior parte dos motoristas de automóvel, além de ser um prazer, conduzir é sinónimo de independência e liberdade.
Tirei a carta de condução na década de 60, um tempo em que ainda não era muito comum ser condutora… Mas era, com certeza, muito mais fácil guiar - havia menos automóveis, menos ruas e menos homens a circular (ser soldado tinha prioridade!)
A mente de quem conduz desenvolve “obrigatoriamente” um conjunto de capacidades como a concentração, a memorização e o processamento de mais informação por segundo. 
Conduzir, implica uma inter-acção altamente complexa entre olhos, cérebro e músculos, assim como a capacidade de resolver problemas complicados. Adquire-se muito mais auto-confiança e auto-estima.

Presentemente, devido a várias consequências provocadas por uma intervenção cirúrgica mal sucedida, deixei de conduzir.

Mas gostaria de destacar dois dos meus carros preferidos – um MORRIS Mini 1000 de cor branca e um Nissan MICRA Laguna 1996 de cor vermelha/bordeaux, metalizado.

Dizem que as cores influenciam os condutores e mostram a personalidade de quem dirige.
Gosto do branco pela nitidez, claridade, luz, espiritualidade, criatividade, psiquismo, inspiração e disponibilidade para a mudança.
Por outro lado, o vermelho tem um efeito importante sobre o desejo de prosperar, de auto-afirmação, de energia, de compromisso com a vida, de emoção e de transformação.

Ambos pequenos, simples, guerreiros.

Mais mítico, o popular Morris, nasceu após o final da 2ª Grande Guerra Mundial - quando a gasolina era racionada - por encomenda de um consumidor que precisava de um veículo "pequeno, forte e económico" para se deslocar num país onde o trânsito já era grande; chegou ao mercado inglês em 1959.


Com poucas modificações ao longo dos anos, o resistente Morris deixou de ser produzido em 2000. 
Porém, nesse mesmo ano, a BMW lançou a versão plagiada do Mini, maior e mais moderno do que o modelo original, preservando assim, o mesmo carisma de cinco décadas. 

O meu Mini Morris 1000 transportou-me durante 12 anos. E, alguns mais depois, após tê-lo vendido a um stand de automóveis, encontrei-o com muito bom aspecto, estacionado numa das históricas ruas de Cascais.
Lembro-me de ter ficado contente por vê-lo; mas experimentei também como que um sensação de "culpa" por tê-lo "abandonado"... 


O Micra (internamente, modelo K10) foi lançado no mercado Japonês como Nissan March para substituir o Datsun Cherry.
Era um automóvel bastante simples, convencional, de linhas rectas, disponível  apenas na versão de três portas - no início - fiável e de fácil condução.

Em 2006, a revista de automóveis britânica Auto Express descobriu que dos 340.000 Micra K10 vendidos no Reino Unido entre 1983 e 1992, ainda circulavam cerca de 96.000, o que é notável para um automóvel cujo fabrico foi descontinuado há 14 anos (a Nissan construiu os últimos em 1992).


O fabrico da segunda geração Micra, o K11, arrancou no Japão no início de 1992, disponível nas versões de três e cinco portas desde o início e chegou à Europa no final desse mesmo ano.
Era um automóvel com design divertido, mais moderno, de estilo arredondado, amigável, urbano sofisticado, popular entre o público mais jovem e feminino.

A potência era transmitida à estrada através de uma caixa de velocidades Manual de 5 mudanças, tinha um consumo médio de 5.8 litros/100km, uma velocidade máxima de 150 km/h e um motor In-line de 4 cilindros atmosférico, a Gasolina, cilindrada 1.0.
Um grupo de jornalistas altamente conceituados da área automóvel gostou tanto do automóvel que o elegeu como Carro do Ano 1993.



Nissan  K11 Micra Séries II
Em 1996, surgiu um pequeno facelift com algumas inovações - airbag do condutor, rodas redesenhadas com gentes especiais, nova grelha da frente e faróis, pára-choques traseiro, grandes mudanças no interior, aileron e painel de instrumentos, novas lentes de luz traseira, uma antena de rádio reposicionada do topo da direita do pilar para o meio do telhado - retaguarda, emblemas, volante e motor.
É um carro do tipo produzido pelo fabricante Nissan, vendido a partir do ano 1996 até 1998.

Nissan micra laguna 1966, o meu belissimo automóvel, vendido num "Ai" em 2009 no OLX. Foi também o 1º carro do meu filho L. quando entrou na Universidade.
Sei que não ficou em Lisboa, mas gostava de vê-lo por aí porque, de acordo com as elogiosas críticas, ainda circula com certeza.



- "O Nissan Micra (K11) 1.0 de 1996 é pura e simplesmente um automóvel de guerra e, sem dúvida nenhuma, do que melhor se fez neste segmento desde há uns anos para cá, apesar de custar a engolir a muitos. Pode ser "maricas" para alguns, mas é um automóvel de guerra. Começando pelo motor, esse bloco CG10DE feito exclusivamente para o Micra tem toda a sua construção em alumínio, 16 válvulas, 998c.c e 55cv de potência e injecção mono-ponto. Quanto ao interior, apesar de não ser dos mais bonitos, é muito bem construído e os plásticos não desiludem. Quanto ao comportamento, a traseira é muitíssimo rebelde pelo que, quando a soltamos, normalmente apanhamos mais que um “cagaço”.
Resumindo, é das melhores compras que se podem fazer na relação preço/qualidade/fiabilidade"
http://forum.autohoje.com/forum-geral/26328


- “O Micra tornou-se numa espécie de ícone da Nissan. Desde que foi lançado (...) tem vindo a estabelecer uma reputação que o associa à oferta de um produto mais inovador e moderno do que a sua concorrência no mercado europeu. Parabéns Micra!” 
Simon Thomas, Vice-presidente Sénior de Vendas e Marketing da Nissan na Europa 

Depois surgiram os modelos:
- Micra k12 em 2002, e que tem"problemas de luz do motor…"
- K13 em 2010 - ... .  -  quarta geração, que "está sempre avariado..."
Cantinho do Nissan Micra




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