A moda preocupa-se com a sofisticação e o
conforto da mulher moderna que valoriza a elegância. O tempo em que ir para a
praia significava despojar-se de todos os acessórios acabou. As areias nos
meses de sol preparam-se para receber biquínis, triquinis e fatos de banho.
Faz parte da nossa rotina as revistas de moda (de verão, neste caso) falarem
da inspiração para a coleção da época.
A Women’screat,
por ex., escolheu para 2012:
Timeless -
motivos às riscas, tribais ou lisos em cores sóbrias como o castanho e
sobretudo o preto.
Sweet & Cute- combina
os tons vermelhos, azuis e violeta numa abordagem floral, riscas e quadrados em
harmonia e suavidade
Azteca - com as
cores terra, verdes, azuis-escuros e dourados, devolve-nos o mistério da terra,
da natureza e das figuras de ouro típicas da civilização azteca
Denim Stories
- linha mais fresca e descontraída. Os azuis, vermelhos e verdes turquesas
dominam. Misturam-se motivos aos quadrados, riscas e flores
Hawai- uma
linha tropical onde as flores e os hibiscos são inspiração
Just merrid-
as cores principais são três: verdes, castanhos e brilhos, para criar o look completo de lua-de-mel
ANTIGUIDADE
As mulheres da Roma Antiga que praticavam desportos são as precursoras do biquíni, de acordo com mostra encontrada em mosaicos romanos numa escavação arqueológica numa antiga Vila Romana, na Sicília. Usavam duas peças em linho ou lã para o desporto e nadavam nuas.
Século IV a. C. -"Bikini girls"
1886
Annete Kellerman,
nadadora australiana e defensora das causas das nadadoras profissionais, popularizou os fatos de banho de uma peça, atitude considerada escandalosa
para a época. Eram feitos de malha elástica, sem mangas, decote redondo e
calções cobertos por uma mini-saia.
Annete Kellerman, nadadora australiana e defensora das causas das nadadoras profissionais, popularizou os fatos de banho de uma peça, atitude considerada escandalosa para a época. Eram feitos de malha elástica, sem mangas, decote redondo e calções cobertos por uma mini-saia.
Antes, no início de 1900, segundo um jornal australiano, as mulheres usavam combinação e calças para nadar. E apenas ia à praia quem tivesse indicação médica para banhos medicinais. Alem disso, ter a pele bronzeada não era socialmente superior por ser próprio das pessoas que trabalhavam no campo.
Da roupa de banho fazia parte uma túnica comprida em lã ou sarja a cobrir o corpo todo para que os banhistas não apanhassem resfriados a seguir à entrada na água fria e tamancos ou botinas.
Traje de banho - 1900 in"Tricolina"
Palm beach - 1905
1908
A popularidade resultou na criação de roupa de banho para mulher a partir da sua própria linha “Annette Kellerman’s”. Foi o primeiro passo para as roupas de banho femininas modernas.
Em 1910 a Europa vivia em paz. Os portugueses usavam a moda de Paris e praticavam desportos ingleses. Toda a gente usava chapéu.
Os fatos de banho não deixavam ver grande coisa - os
homens de fato inteiro às risquinhas e elas, as mais novas, mostram a perna
quase até ao fim da coxa. A água é o ídolo universal. Logo ao amanhecer desfilam nas praias quase vestidas para manter a pele branca. Deixar os braços e as pernas de fora já era ousado
1910
1913
Treze anos depois de ter sido permitido às mulheres
participar nas Olimpíadas, o estilista Carl Jantzen desenha o primeiro fato de
banho moderno de duas peças a fim de melhorarem os resultados desportivos - calção
cobrindo o umbigo para a parte de baixo e um top com mangas na parte de cima.
No entanto, porque eram um pouco mais colados ao corpo, causaram escândalo, ficando de venda limitada até 1968 "Área Mulher"
Praia da Nazaré - 1913 "MatrizNet"
1914
A revolucionária Madame Channel desfila um simples fato de banho inspirada num pullover masculino. Era o fim das anquinhas e da pele branca
A revolucionária Madame Channel desfila um simples fato de banho inspirada num pullover masculino. Era o fim das anquinhas e da pele branca
1920
É na década de 20 que os fatos de banho começam a
diminuir devido ao manifesto gosto pelo bronzeado que passou a ser símbolo de
vida desafogada. O saiote foi muito reduzido, o decote aumentou, as mangas desapareceram
e são confecionados em malha elástica, evidenciando as formas femininas. Um
pouco mais tarde, surgem os fatos-de-banho com costas a descoberto.
1922 - policia verificando a altura e rapazes e raparigas na praia - 1923
1924
Jean Patou é o primeiro costureiro a abrir uma loja especializada em fatos de banho num elegante complexo balnear em Deauville. E também dele a primeira loção para bronzear "Huile de Chandée", assim como vários perfumes.
in"Prosimetron"
1934
Com a
introdução do lastex e do nylon, os fatos de banho ficaram mais justos e com decote
até à cintura conseguido através da colocação de alças.
O
racionamento de tecido durante a Segunda Guerra Mundial e as atividades
desportivas contribuíram para que na Europa as mulheres começassem a usar fatos de banho a mostrar mais a região da cintura.
Os anos
30 elegeram as costas femininas como o centro das atenções. A mulher devia ser
magra, bronzeada e desportiva, tipo Greta Garbo.
Os estampados
e a art-déco dominaram a década de 30.
1940
Surgiu a
banda elástica para disfarçar as gorduras
Um ano depois, este fato de banho seria considerado imoral in "Aterrem em Portugal"
1941- passaram a ser assim em Portugal
1946
Com o fim da Guerra, dois estilistas franceses criaram trajes semelhantes - o bikini moderno a que deram um nome relacionado com a bomba atómica
Jaques Heim em 1946 introduziu o Atome, a mais reduzida roupa de praia na época. Três semanas depois, Louis Réard, exibiu o bikini vestido por Micheline Bernardini pela primeira vez numa piscina parisiense e entrou com patente para proteger a sua criação.
Bikini "atome" e Bikini de Atoll (Fez 66 anos em 05 /07/2012 que foi apresentado ao público)
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