Com a introdução do petróleo como combustível,
deu-se início a uma nova era de iluminação.
Em coexistência com o azeite, o petróleo foi-se impondo progressivamente devido à intensidade da chama, acabando mesmo por substituí-lo.
Em coexistência com o azeite, o petróleo foi-se impondo progressivamente devido à intensidade da chama, acabando mesmo por substituí-lo.
Candeeiro-a-petróleo/lanterna/lampião
São objetos destinados à iluminação constituídos por uma armação (metal, vidro, cerâmica ou mista) com um anteparo transparente geralmente de vidro, para proteger a fonte de luz abastecida pelo combustível querosene que se queima num pavio fumegante de algodão e prevenir os incêndios.
Diferem no material, no tamanho, na geometria, na cor do
vidro, na decoração e nas chaminés; porém todos são alimentados ao mesmo fedorento
petróleo (querosene, líquido avermelhado de cheiro intenso que era vendido nas
mercearias).
Candeeiro
As torcidas são achatadas e também se vendiam nas
mercearias/drogarias (comércio da D. Esterzinha, na minha aldeia).
A intensidade da luz é regulada por meio de uma
roda exterior que, ligada a outra dentada em contacto com a torcida, faz subir
ou descer a parte embebida por capilaridade, como nas candeias de azeite.
Para acender o candeeiro retira-se a chaminé (anteparo) e
encosta-se um fósforo a arder à torcida; para o apagar, dá-se um sopro na chama.
Transportavam-se facilmente entre as divisões da casa,
eram mais económicos do que as velas e também davam mais luz.
O Lampião era uma grande lanterna fixada no teto ou numa
parede.
A Lanterna era uma espécie de caixa com 4 vidros laterais
e luz no interior, ao abrigo do vento. Possuía pegas ou alças para ser
transportada.
Também havia lanternas redondas.
O Candeeiro de palheiro a petróleo era feito de lata
(folha de ferro delgada e estanhada) e tinha uma pega. A chaminé podia
levantar-se ou baixar-se por meio de uma mola.
Candeia de petroleo
Candeia de petroleo
Petromax (é a marca registada)
Candeeiro de camisa (invólucro de pano tratado, para
certas luzes)
É constituído por um
depósito para o querosene e uma bomba manual para introduzir o ar que pressiona o combustível fazendo-o subir e cair, vaporizado, através dum orifício muito
pequeno, dentro de uma camisa comprida e a que previamente se tinha
chegado fogo. A camisa fica incandescente e a luz produzida é muito clara.
A intensidade da luz
depende da maior ou menor pressão exercida.
Como a camisa se desfazia facilmente, era necessário
manejar o petromax com cuidado.
Nas noites sem lua os caminhos eram percorridos em
completa escuridão, interrompida apenas pelos clarões da fogueira nas lareiras.
A partir de certa hora poucas pessoas circulavam nas ruas. Umas faziam-se acompanhar por lanternas, outras caminhavam por instinto adivinhando os percursos e as esquinas, amedrontadas, tantas vezes, por pequenos ruídos.
A partir de certa hora poucas pessoas circulavam nas ruas. Umas faziam-se acompanhar por lanternas, outras caminhavam por instinto adivinhando os percursos e as esquinas, amedrontadas, tantas vezes, por pequenos ruídos.
Mas em noites de verão os serões faziam-se nos pátios, à
luz duma Lua suave e de milhentas estrelas "cintilantes", acompanhados pelas
serenatas das cigarras.
A Lua cheia parecia mais próxima, mais quente, mais
convidativa ao prolongamento das conversas e ao conto das sempre novas/velhas
histórias.
Nessas noites feiticeiras, o meu Pai era um ideário de rimas que, com pena, não sei repetir.
Nessas noites feiticeiras, o meu Pai era um ideário de rimas que, com pena, não sei repetir.
E na generalidade das aldeias da
Beira Alta, até chegar a “luz elétrica”, assim foi a iluminação.
Gostava de poder recordar o dia dessa inauguração na minha
aldeia mas sei apenas que devia andar no ensino primário porque, quando precisei
de estudar “a sério”, já tinha a luz fraquinha de uma lâmpada incandescente sem
abajur, pendurada no teto.
Também nas ruas havia lâmpadas maiores que davam uma luz pouco intensa; ficavam em lugares altos e estratégicos e tinham abajures
tipo “prato de esmalte".
O passado sem “luz elétrica” e o presente com
eletricidade
Hoje em dia, em pleno século XXI, com o preço da
eletricidade e o agravamento da crise, o candeeiro a petróleo regressou a
muitos lares portugueses, principalmente nas zonas suburbanas, segundo o
proprietário de um estabelecimento na linha de Cascais.
Disse também que os cerca de 150 candeeiros que encomenda de cada
vez
Qualquer dia estamos todos (exceto ...?) a
viver numa grande Aldeia como as aldeias do interior do País até à década de
70.
IMAGENS GOOGLE
A electricidade chegou á nossa aldeia pelos meus 6 anos.Lembro-me exactamente do dia.Houve muitos foguetes!E discursos,de quem não sei,junto á farmácia.Eu estáva por aí e derepente,um foguete que não subiu,encendiou os que estávam para lançar.
ResponderEliminarFoi este incidente que me marcou o dia!
Bjinhos
Oi, MALEMA.
ResponderEliminarPois por mais esforço que faça para “recolher” uma imagem mental desse “espaço-acontecimento” através de qualquer associação, não consigo recordar-me.
E logo envolvendo emoções tão fortes! Morreu alguém?
Se foi por aí, foi no ano em que faleceu a avó Emília…
Bjinho