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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"COSTA FORTUNA" e VIDEO DO ECLIPSE- 2

(CONTINUAÇÃO)



Vídeo de Marco Bostoni - Emoções durante o eclipse
http://www.youtube.com/watch?v=VepfoUFfzBw


30 de março de manhã - Depois de nos ter facultado o espetacular eclipse total do Sol a bordo no dia 29 às 13.46 hs e após ter passado junto ao cabo Sidheros à direita no extremo norte-oriental da Ilha de Creta, o cruzeiro continuou rumo oeste-sudoeste até ao Golfo de Sirte, ao largo da costa da Líbia.

 Cabo Sidheros

Durante o trajeto foi dada informação turística sobre Trípoli.

Durante o jantar, no cruzeiro

A Líbia tinha aberto as suas fronteiras ao turismo internacional há muito poucos anos, motivo pelo qual as normas em vigor de entrada no país se diferenciavam das de outros países.

Desembarque:
Era necessário passaporte individual e visto coletivo para passageiros inscritos em excursões, sem autorização para afastamento ou regresso isolado ao barco.
Os turistas não participantes em qualquer excursão, quando chegados a Trípoli podiam obter um visto por €14, válido apenas para a cidade.
Os que tinham optado por meia excursão e desejavam visitar Trípoli por conta própria recebiam um “Shore Pass” gratuito à saída do barco (preço incluído no custo da excursão).
Os passaportes ficavam a bordo, na posse das autoridades locais, sendo apenas permitida a fotocópia.

Excursões em terra:
Cada autocarro devia ter uma lista dos participantes e dados pessoais.
Para filmar ou tirar fotografias aos pavimentos arqueológicos ou museus, era preciso pagar um bilhete durante o percurso do autocarro; doutro modo, o material seria confiscado. Fotografar edifícios militares, militares e polícias, não era permitido os particulares, só com autorização dos próprios.

Normas gerais:
A maior parte das lojas de souvenirs aceitava Euros a um câmbio mais elevado.
Quem tivesse um visto de Israel no passaporte não podia sair do barco.
Devia ser evitado o uso de shorts ou vestuário sem mangas.
Por motivos religiosos, a venda e consumo de álcool não era autorizada.
Enquanto o navio estivesse em terra, lojas e casinos ficavam fechados.
Todavia, a população local era hospitaleira e cordial e o país tinha imensas belezas artísticas e paisagísticas.


31 de março, de manhã - Navegação para Noroeste deixando a Ilha de Lampedusa à direita, depois a Ilha de Pantelleria e pelas 7.30 hs conseguir avistar o farol de Cabo Bom de Tunes à esquerda.

Ilha de Lampedusa e Ilha de Pantelleria


Chegada a Trípoli, Líbia



Trípoli, capital da Líbia, fica na costa mediterrânica, é a maior cidade e a mais populosa.
Foi fundada pelos Fenícios no século VII a. C.
Passou depois pelo domínio dos Cartagineses e dos Romanos. Com a chegada dos romanos no pós guerras púnicas, adquiriu o estatuto de cidade romana mais importante de África.
E ao longo dos séculos foi sendo ocupada sucessivamente por Vândalos, Bizantinos, Árabes (o islamismo provocou uma grande revolução cultural e social em toda a zona), Espanhóis, Turcos e Berberes. Neste último período, Trípoli foi guarida de piratas muito temidos pelas frotas ocidentais tendo sido necessária a intervenção dos americanos em 1804 para os combater mas a dissolução da pirataria só aconteceu em 1830.
Em 1911, os Italianos colonizaram a Líbia e o fascismo fez desaparecer quase metade da população. Após a 2ªGuerra Mundial, ficou sob o protetorado das Nações Unidas.
Em 1951 tornou-se independente - monarquia durante 18 anos - e em 1969, depois de um golpe não violento, Khadafi, autopromoveu-se a coronel e tomou o controlo do país utilizando uma original mistura de ideias como a restituição das leis islâmicas. Com a riqueza gerada pelo petróleo construiu vivendas, estradas e hospitais.
Em 1975 escreveu o Livro Verde no qual faz um resumo da sua ideologia e defende a "dmocracia islâmica".
Nos anos 80, a Organização das Nações Unidas acusa Khadafi de financiar o terrorismo e impõe sansões à Líbia. Houve atentados, expulsões, chacina de pessoas, destruição de edifícios, embargos, bombardeamentos.
Entretanto, a Líbia assume a responsabilidade do atentado aéreo de Lockerbie e as relações com o Ocidente são retomadas.

Em 2006 a presença de Khadafi era visível em qualquer lugar ou rua da cidade.

Entre as várias visitas possíveis, incluí-me no grupo da visita de Trípoli - os lugares mais interessantes da capital económica e cultural da Líbia.
O castelo, uma verdadeira cidadela rodeada de muralhas construídas pelos Romanos e amplamente modificadas ao longo dos séculos, bem preservadas, tem três entradas. No interior está o Museu de Jamahiriya onde se conservam os testemunhos da história líbica desde a pré-história até aos nossos dias; os monumentos mais importantes em Medina - Arco do triunfo dedicado a Marco Aurélio, a Mesquita mais antiga da cidade velha, Mesquita de Gurji, Mesquita Karamanli e edifícios do período colonial.
Para entrar com máquinas fotográficas no Museu Nacional pagavam-se 4 € e por câmaras de vídeo, 7€.

                                                        Mesquita de Gurji
Museu Jamahiria

1 de abril, à noite - Navegação de regresso a Savona, rumo noroeste, ao largo da costa oriental da Sardenha e da Córsega, deixando para trás a costa Africana e o farol de Monte Cristo à direita.

Ilha de Giglio  pelas 22.30 hs.
Mais adiante, novamente passagem entre as ilhas de Capraia/Cabo Corso Pianosa/Elba;


2 de abril de manhã - Chegada ao porto de Savona


O Capitão Giacomo Longo e a sua tripulação despedem-se com um "feliz regresso a casa".




!ARRIVEDERCI!



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