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sábado, 13 de abril de 2013

O IMPLACÁVEL "ENTE" PORTUGUÊS - 4



QUARTO ACTO

História Contemporânea de Portugal

Lobbies vs. Exploráveis


CENA I

(No reinado de Sócrates) 

Tvi 24 28.10.2008

FARMÁCIAS:
- Sócrates tem de enfrentar «lobbies» do sector
A Associação Nacional acusa Governo de não impor reduções de preços previstas na lei
O «aumento excepcional de preços que se verificou no mês de Junho é completamente injustificável», classificando de «ridícula» a argumentação do Governo para justificar essa subida, ou seja, de que poderia haver problemas de saúde pública se alguns medicamentos «saíssem do mercado».


Tico" (O maquinador lógico):
- O Estado poupa de imediato com o genérico mas é bastante penalizador para os utentes; o Governo poderia ter criado um escalão intermédio para que a descida da comparticipação não fosse tão drástica!








Aventar 05.03.2010
Sócrates e o POLVO DAS FARMÁCIAS
Mas não há limites para a pornografia de que José Sócrates é capaz, nem mesmo por se ter sabido, entretanto, que o processo Face Oculta regista as ligações perigosas entre João Cordeiro e o primeiro-ministro.


Delito de Opinião 10.03.11 
“Os portugueses deram a maioria a Sócrates porque já se sentiam a viver num país disfuncional.(…) muitos acreditaram que tinha finalmente chegado ao poder o homem com a coragem necessária para fazer as reformas que há décadas nos tolhiam, impedindo mais que o desenvolvimento, a própria sustentabilidade do país.
Arrogante e ambicioso, com um pouco de sorte talvez ousasse arriscar o seu futuro político e enfrentar os lobbies para salvar o país - a ingenuidade tem limites - mas para se tornar no special one, o único em décadas capaz de fazer as reformas difíceis e não resgatar Portugal do pântano.
Mas como se sabe o nosso putativo jogador de poker na hora da verdade não foi a jogo. Entre inscrever o nome na História e gozar das mordomias do poder enquanto durasse, preferiu a segunda hipótese. A que fez dele apenas uma enorme decepção.




DN Política 21.02.2013
Sócrates, PRESIDENTE do Conselho Consultivo do grupo farmacêutico Octapharma para a América Latina, diz que “ é uma actividade que exerce a par dos seus estudos em Paris"
E no seguimento de uma notícia divulgada no 'Correio da Manhã', a multinacional suíça esclarece que o ex-governante "foi convidado há cerca de oito meses para exercer funções" na empresa.
"A farmacêutica suíça que contratou José Sócrates facturou, por ajuste direto com o Estado português entre 2005 e 2011, cerca de seis milhões de euros"

Máfia dos vampiros"24.02.2013
Octapharma, empresa onde Sócrates trabalha, é suspeita de inflacionar preços para valores muito superiores aos do mercado.
Estima-se que cerca de 800 milhões de euros tenham sido desviados dos cofres públicos, no âmbito deste esquema fraudulento, detectado já em 2004.


01.03.2013 - O Sistema convidativo
Evidente que"eticamente isto é uma grande vergonha. Para quem a tem, naturalmente"



CENA II


2-12-2011 

Jornal Bloomberg (propriedade de Michael Bloomberg, actual prefeito da cidade de Nova Iorque, aquando do acesso a um relatório da Comissão Europeia, elaborado depois da segunda revisão do programa de resgate de Portugal, em “avisos” constantes, sobre propostas defendidas pela Comissão Europeia):

- “O Governo português precisa de perseverança e determinação para superar os fortes interesses instalados que estão no caminho das reformas”
 - «Portugal atingiu as metas do défice deste ano, mas através de medidas extraordinárias e precisa agora de adoptar políticas de austeridade, sob forte oposição, para assegurar a redução duradoura da dívida”


DURÃO BARROSO (A única preocupação parece ser com os trabalhadores, convicto de que a redução do seu rendimento e a instabilização do seu emprego/contrato, colocando-o em estiva, será a solução).
- “O País tem que avançar rapidamente com reformas para reduzir os custos do trabalho e aumentar a flexibilidade laboral".




“Geninha (uma ratinha superinteligente):
- Quanto ao único lobby com sucesso e provas dadas em Portugal, o lobby político-partidário e a captura do Estado pelas concelhias e distritais, nem uma palavra?





"Cervos" (levantando a cabeça e mantendo-se imóveis, com as orelhas em pé, prontos para a fuga, o que nem sempre é possível):
- Não vamos longe com esta gente!





ANTÓNIO BARRETO

“Façam uma viagem ao interior dos partidos e ficam aterrados.
O país dos interesses deve ser mesmo assustador. Se calhar só um louco o desafiaria. Um louco megalómano, capaz de arriscar o pescoço político para deixar obra. Um louco de extracção democrática, bem entendido, que da outra casta já experimentámos e não correu bem. Só que isto que eu estou para aqui a dizer é sebastianismo puro, não é?”


"Professor Norton Nimnul” (o cientista louco do costume, cujas invenções falham constantemente):
- Pois é.
Mas Henrique Gomes, secretário de Estado da Energia, é homem para enfrentar os lobbies mais poderosos de Portugal!



13.03.2012

HENRIQUE GOMES (disposto a defrontar a missão, nada fácil, vem a público defender a criação de um imposto extraordinário sobre o sector):
- O Estado tem de impor o interesse público ao poder excessivo da EDP, estabelecendo um plano até final de Fevereiro.



VÍTOR GASPAR E CARLOS MOEDAS (mandando-o calar, retiraram-lhe o dossier, evitando assim que viesse a ser bem sucedido):
 - A privatização está em curso; queremos vender a empresa e os investidores começam a ficar nervosos.




- E o plano nunca aconteceu porque o António Mexia já andava de “candeia às avessas” com ele. Os grupos instalados controlam de facto, a política. A austeridade cai ao lado deles.
Neste País só há ordem para ser corrupto! 
É proibido ser honesto com um povo amorfo e masoquista.



Lusa - 06.04.2013

- “O presidente executivo da EDP, António Mexia, recebeu 1,2 milhões de euros em 2012, a que se soma o prémio plurianual relativo ao mandato dos três anos anteriores, num total de 3,1 milhões de euros!”





EDER PONTES (Procurador-geral de Justiça brasileiro):

- “É uma utopia achar que o crime organizado vá acabar. É necessário que nós nos estruturemos para desarticulá-lo. Dizer que vai acabar é brincar com ingenuidade.”



Os Entes perderam o medo de ser punidos.


CENA III

07.04.2013
Daniel do Rosário (correspondente em Bruxelas):
- A Comissão Europeia espera que o governo "identifique rapidamente" as medidas que permitam "adaptar" o orçamento de 2013 por forma a garantir o cumprimento das metas orçamentais negociadas com a troika e que obrigam Portugal a atingir um défice orçamental de 5,5% do PIB este ano.


Edição europeia on line do Wall Street Journal - 09.04.13:
” O país, um dos mais pobres da zona euro, tem-se afundado em recessão desde que começou a aplicar cortes na despesa e aumentos fiscais impostos pelos credores, há dois anos”.

Editorial do jornal britânico FT- Económico:
- Todos os esforços do País podem ser em vão se a Europa não tiver um plano para o crescimento. "Nenhum país na zona euro é uma ilha em termos económicos - e muito menos Portugal. Sem um plano para impulsionar o crescimento na Europa, os sacrifícios em Lisboa correm o risco de ser em vão".

09.04.2013

PAUL KRUGMAN (Nobel da Economia - blogue no The New York Times):
- “A próxima etapa da crise europeia vai passar por Portugal, "com o governo, claro, a propor uma cura com Mais Austeridade".
- Os membros da troika são "sádicos" a quem foi dada "licença para continuar a provocar dor".
- Não são as medidas de austeridade que asseguram os baixos spreads  (margem de lucro) nos empréstimos concedidos a Portugal.
- “Os baixos spreads não têm qualquer relação com a austeridade". "A redução dos spreads, face à Alemanha, pagos por cada país, são totalmente explicados pelo seu valor no pico da crise. Não existe qualquer indício de que as políticas sejam relevantes".
- É preciso dizer ‘NÃO’ a mais austeridade.


GEORGE SOROS (empresário e homem de negócios húngaro-americano que ficou famoso pelas suas atividades enquanto especulador, nomeadamente em matéria de taxas de câmbio):
- “A Alemanha precisa de perceber que a política que está a impor à Zona Euro – o programa de austeridade – é contra produtiva. Na verdade, ela não pode ser bem-sucedida. 
Os países do Sul estão a ser empurrados para uma longa depressão que pode durar mais do que uma década. Ela pode até tornar-se permanente.
Angela Merkel está a levar a Zona Euro na direcção errada.

- São essenciais três passos para resolver a crise do euro:
A reforma e recapitalização do sistema bancário; um regime de euro-obrigações; um mecanismo de emergência.



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