OUTONO - Uma das estações resultantes da inclinação do eixo de rotação da Terra e do movimento de translação, que sucede ao Verão e antecede o Inverno.
Relações entre o Sol e a Terra
Geralmente o clima começa a arrefecer. Porém, este outono tem sido o prolongamento do Verão considerado um dos mais quentes dos últimos 80 anos. Seria expectável uma descida das temperaturas e alguma precipitação, fenómenos que não se têm verificado.
Sente-se a falta do cheiro a terra molhada depois das chuvas…
OUTONO - Fim
das férias e a Escola/conjunto de regras/relação professores -alunos.
A adaptação escolar de pais e filhos a um ambiente
desconhecido e diferente; a insegurança e ansiedade numa mudança de escola; o ingresso
no ensino superior
“Se todo o ano fosse de férias alegres, divertirmo-nos
tornar-se-ia mais aborrecido do que trabalhar” - William Shakespeare
OUTONO - Preparar a hibernação
OUTONO - Preparar a hibernação
Alguns animais vivem em zonas onde o Inverno é rigoroso e as condições de sobrevivência são muito difíceis.
No Outono consomem muitos alimentos que ficam armazenados
no corpo sob a forma de gordura.
Para sobreviverem, entram num estado de adormecimento e de
sono profundo, limitando ao mínimo as actividades do organismo - respiração
reduzida, temperatura corporal baixa e constante, frequência cardíaca
diminuída, funções metabólicas no mínimo - para poupar energia.
Acontece com marmotas, cobras, esquilos, lagartos, tartarugas,
ouriços, morcegos, ratos silvestres e hamsters, além de outros.
Só deixam a hibernação quando chega a Primavera e a
temperatura do ar sobe.
As abelhas metem-se nas colmeias e os zangãos, alimentados pelas operárias, são expulsos quando há falta de alimento, morrendo de fome.
As abelhas metem-se nas colmeias e os zangãos, alimentados pelas operárias, são expulsos quando há falta de alimento, morrendo de fome.
OUTONO - Época de caça
Caça associativa- peças abatidas em 2 largadas
São considerados animais de caça a raposa, o coelho
bravo, a lebre, a perdiz vermelha, o tordo, a codorniz, o veado, a rola, o
javali, o porco preto e outros.
Existem várias zonas de caça associativas, municipais e
turísticas, estando toda a sua área praticamente ordenada em termos
cinegéticos.
Onde não há agricultura
não há caça. Não há nenhum
bicho que se alimente do eucalipto. As perdizes precisam das sementeiras, os
tordos das boas azeitonas…, diz Francisco Sousa Tavares
OUTONO - Migração
OUTONO - Migração
As aves seguem sua viagem em revoadas e bandos por
milhares de quilômetros
- A migração de pássaros
na Coreia do Sul e Ganso selvagem em migração
Milhares de aves percorrem, voando, longas distâncias entre
diversas partes do mundo.
As aves que surgem no inverno passam a primavera e o
verão nas áreas de reprodução, mais a norte e, no outono, descem até à nossa
latitude - lugre, felosinha, tordo e outras.
As que só aparecem em Portugal na primavera e no verão e
estão ausentes no Inverno, fazem migração no Outono, e vão passar o Inverno a
África - andorinhas, cucos, papa-figos, etc.
As que apenas passam por Portugal porque faz parte da sua
rota migratória - felosa-das-figueiras, felosa-musical, papa-moscas-cinzento
A migração das aves é um fenômeno complexo e fascinante
que acaba por tornar-se numa medida de sobrevivência das espécies mais frágeis
(a maioria migra para procurar alimentos -insectos, frutos, sementes) apesar de algumas morrerem durante o
voo.
As
vindimas representam uma época do ano singular em Portugal. Abrange todas as
atividades que decorrem entre a apanha da uva e a produção do vinho.
Em
tempos passados, o trabalho da colheita das uvas era visto como uma autêntica
celebração. Familiares e amigos reuniam-se e ajudavam-se nas vindimas
uns dos outros. As uvas eram transportadas em carros de bois para os lagares
onde eram pisadas pelos homens, de calças arregaçadas, formando uma roda e
dando os braços, ao ritmo de cânticos
cadenciados acompanhando os movimentos de vai-vem.
Atualmente procura-se manter esta tradição embora os carros de bois tenham dado lugar aos tractores e as uvas, outrora levadas para os lagares, sigam para as adegas onde, com recurso a equipamentos mecânicos, são transformadas em vinho.
Atualmente procura-se manter esta tradição embora os carros de bois tenham dado lugar aos tractores e as uvas, outrora levadas para os lagares, sigam para as adegas onde, com recurso a equipamentos mecânicos, são transformadas em vinho.
Até ao lavar dos cestos (ou dos baldes de plástico ...), é festa!
Um pouco por todo o Portugal vinhateiro celebram-se as
vindimas e o vinho. E para muitos visitantes, podem ser mesmo um momento de
lazer e uma experiência única.
OUTONO - S. Martinho e Magustos
OUTONO - S. Martinho e Magustos
Por toda a Europa os festejos em honra de S. Martinho
estão relacionados com o cultivo da terra, o vinho novo e a água-pé, sobretudo
nos países do sul.
Pensa-se que a origem do magusto está num antigo
sacrifício em honra dos mortos.
Para os adeptos das tradições, no dia 11 de novembro
fazem- se magustos mais ou menos alargados com as primeiras castanhas
do ano, assadas em fogueiras ao ar livre ou no forno, acompanhadas
de vinho novo, jeropiga, vinho do Porto ou água-pé.
É uma festa de amizade e confraternização, de cheirinho a
castanha assada e dos saltos sobre a fogueira
OUTONO - Época propícia para a colheita de frutos
OUTONO - Época propícia para a colheita de frutos
Além das uvas e das castanhas, destaque ainda para
dióspiros, marmelos, gamboas, algumas variedades de figos mais tardias, romãs,
tângeras, maçãs, pêssegos, nozes, avelãs, quivis, laranjas e peras.
Nascem as amoras no silvado…
“Uma maçã por dia dá uma vida sadia”
Reinventá-la nesta
estação, quer como aperitivo quer como sobremesa.
OUTONO - Novos pobres comem com os sem-abrigo
OUTONO - Novos pobres comem com os sem-abrigo
A população dos sem-abrigo passou a integrar, neste Outono, ex-operários
da construção e um ou outro idoso, dizem os técnicos no terreno.
Nas filas para as ceias sociais, assiste-se hoje a uma invasão de famílias famintas.
Nas filas para as ceias sociais, assiste-se hoje a uma invasão de famílias famintas.
“Podem ter tecto precário, um quarto partilhado, mas
enfrentam dificuldades tais que vêm pedir refeições quentes. Chegam famílias
inteiras", diz o responsável, na véspera do Dia Internacional para a
Erradicação da Pobreza.
"Com o agravar da crise, a curto e médio prazo,
estas famílias podem tornar-se sem-abrigo", referiu também Paula França,
coordenadora do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA), do
Porto
OUTONO - A suavidade das cores
As folhas das árvores abandonam o verde e brindam-nos com
uma bela paleta de amarelos e castanhos, a que se juntam tons laranja, vermelho
e roxo.
Nas plantas de folha caduca a produção de clorofila pára e o tom verde desvanece, permitindo assim que se vejam outros pigmentos também presentes nas folhas. Os pigmentos de caroteno dão-lhes a coloração amarela dourada. A síntese de antocianinas no final do verão cria os tons avermelhados.
Nas plantas de folha caduca a produção de clorofila pára e o tom verde desvanece, permitindo assim que se vejam outros pigmentos também presentes nas folhas. Os pigmentos de caroteno dão-lhes a coloração amarela dourada. A síntese de antocianinas no final do verão cria os tons avermelhados.
A mistura de cores do Outono depende muito do estado
do tempo. As mais brilhantes são obtidas com dias secos e ensolarados
seguidos de noites frias.
O verde-esmeralda foi eleito a cor do ano.
Além dos tradicionais preto, cinza e marrom usados no inverno, algumas outras cores destacam-se no outono/inverno de 2013 - Açai, verde tília, azul-cobalto, azul índigo, azul mykonos, laranja, bordô, púrpura, samba-vermelho, vermelho, tangerina, pardos, verde tropa, carafe, turbulence, koi, vivacious, neutros e branco.
As cores dos frutos amadurecidos…
Amarelos e alaranjados - abóboras...
Castanhos - as castanhas...
Vermelhos e azulados - amoras, groselhas, mirtilos,
diospiros, romãs...
Roxos - uvas, figos...
Verdes - espinafres, acelgas, nabiças
OUTONO - Melancolia, nostalgia
OUTONO - Melancolia, nostalgia
Sendo tempo de colheita, abundância, regozijo, infinidade
de cores e incontáveis
matizes nos pinheiros e carvalhos, o Outono não deixa de ser tratado
como símbolo de um triste ocaso. Os dias passam a ser mais pequenos, o céu vai
ficando cinzento, os ventos começam a soprar e o frio vai-se fazendo sentir!...
Poeticamente marca as etapas de transformação da
vida, a reciclagem dos elementos da Natureza e também das emoções humanas. É o
símbolo de uma fase de transição pelas suas características principais - queda
das folhas das árvores, nuances amarelas e vermelhas, tom cinza do céu, frutos
amadurecidos caindo na terra, dos galhos pendentes.
É nesta estação que as árvores, pródigas em beleza, servem de inspiração para pintores, fotógrafos, escritores, cantores ...
É nesta estação que as árvores, pródigas em beleza, servem de inspiração para pintores, fotógrafos, escritores, cantores ...
"Passe
l'automne vienne l'hiver"
Jacques Prévert
Ir. Manhã, ar fresco, paisagem nova.
Vir. Tarde. Hora dos poetas, dos que não cantam e passam
pelas coisas apenas gozando, surpreendidos e ternos.
Se em cada lugar da terra eu perdesse a minha humana
essência, aquilo que me iguala ao que é e ao que foi!
Nesta hora divina, nesta formosa tarde como ser?
Que me tentava?
Não sei.
Terra, luz, ar, amenidade indizível!
João Falco (Irene
Lisboa)
In Outono
havias de vir, Seara Nova, 1937
Imagens Google
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