DÉCADA DE 50
Christian Dior (1905 -1957), criador do estilo dos anos 50 e o seu primeiro atelier
A década de 50 é considerada uma
época de transição entre o período de guerras da 1.ª metade do século XX e o
período das revoluções comportamentais e tecnológicas da 2.ª metade.
Na fase pós 2.ª guerra mundial a moda não sofreu grandes alterações devido à escassez do fabrico de tecidos que impediu o lançamento de novas tendências. Os vestidos continuavam com um visual austero e linhas rectas, estreitas e de ombros largos.
Na fase pós 2.ª guerra mundial a moda não sofreu grandes alterações devido à escassez do fabrico de tecidos que impediu o lançamento de novas tendências. Os vestidos continuavam com um visual austero e linhas rectas, estreitas e de ombros largos.
Em 1947 e até à sua morte em 1957, Christian
Dior, um jovem estilista, revoluciona a moda com o seu New Look na
Europa, passando das linhas rectas para as curvas, de uma forma mais austera
para uma mais delicada e feminina. A cintura das mulheres era bem marcada nas
saias e vestidos midi ou pelos tornozelos, rodados e de
tecidos com bolinhas ou flores. O uso de acessórios como jóias, peles e luvas,
favoreceu o visual.
Manteve-se a actualização dos tailleurs.
Com o fim da guerra apareceram mais cosméticos e a
maquilhagem passou a fazer parte do dia-a-dia das mulheres composto por sombras,
rímel, lápis e delineador, valorizando o olhar com marcas como Revlon,
Rubinstein e Estée Lauden . A maquilhagem realçava a palidez da pele,
que devia ser perfeita.
Os penteados podiam ser coques ou rabos-de-cavalo, com
mechas caindo sobre o rosto ou franjas à menina. As tintas, loções alisadoras e
fixadoras, estavam no auge.
Nesta década houve 3 tipos de beleza que inspiraram a
moda - um marcado pela elegância e ingenuidade ( Grace Kelly e Audrey
Hepburn); outro, pelo estilo sensual e fatal (Rita Hayworth, Ava
Gardner, Dita Von Teese) e ainda um terceiro, mistura de sensualidade e inocência (Marilyn Monroe e Brigitte
Bardot) grande inspiração das pin-ups
modernas.
Entretanto, em 1954, Chanel reabre a
sua loja em Paris, fechada durante a guerra e cria algumas peças que se
tornaram inconfundíveis como o famoso tailleur com guarnições traçadas, a bolsa
a tiracolo em matelassê e o scarpin beije com
ponta escura.
Givenchy, em 1954, afirmou-se
também através da blusa Betina vestida por Audrey
Hepburny e Vivier destacou-se na criação de sapatos.
Foi-se o tempo em que a moda era delimitada a algumas
roupas parecidas.
Durante os anos 50 a alta-costura viveu o seu apogeu. Cristobal
Balenciaga, Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grès, Nina
Ricci, Christian Dior, transformaram a época na mais sofisticada, feminina
e diversificada de todas.
MADAME GRÈS NINA RICCI BALMAIN
VIVIER
A moda masculina começou por ser confeccionada com
tecidos de fardas militares. Caíram depois na moda da jaqueta de couro e calças jeans por
influência do rebelde James Dean em 1955.
Já na América dos
anos 30 as calças de trabalho de ganga tinham passado a ser usadas também nos
momentos livres; o costume foi trazido para a Europa nos anos 50 e só depois se
tornou um “fenómeno” mundial.
A camisa branca de Marlon Brando passou a ser
moda desde 1951.
Uma preocupação dos estilistas era a diversificação
dos produtos através do sistema de licenças, revolucionando a estratégia
económica das marcas. Foi assim que o lenço de seda Hermès de Audrey Hepburny,
o perfume Chanel nº 5, preferido por Marilyn e o baton Coronation Pink lançado por Helena Rubinstein, se tornaram símbolos.
A juventude norte-americana tentava encontrar a sua
própria moda ao som do rock-and-roll e a moda colegial (sportswear) - calças cigarrette, jaqueta perfecto, sapatilhas, jeans, hot pants, saltos altíssimos, óculos à Bob Dylan
No final dos anos 50, a confecção apresentava-se como a grande oportunidade
de democratização da moda que começou a fazer parte da vida quotidiana - um
mercado de grande potencial da moda jovem, o grande filão dos anos 60. Em 1955
as revistas Elle e Vogue dedicaram várias
páginas às colecções prêt-à- porter, que, embora tivesse sido
inventado em 1949 só se tornou
pragmático nesta década
A criação das bonecas Barbie em 1959, reforçava a imagem feminina na época, quase irreal
Desenhos e fotos GOOGLE