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quinta-feira, 28 de junho de 2012

USANÇAS DO TEMPO - IV

DÉCADA DE 50



Christian Dior (1905 -1957), criador do estilo dos anos 50 e o seu primeiro atelier


A década de 50 é considerada uma época de transição entre o período de guerras da 1.ª metade do século XX e o período das revoluções comportamentais e tecnológicas da 2.ª metade.



Na fase pós 2.ª guerra mundial a moda não sofreu grandes alterações devido à escassez do fabrico de tecidos que impediu o lançamento de novas tendências. Os vestidos continuavam com um visual austero e linhas rectas, estreitas e de ombros largos.



Em 1947 e até à sua morte em 1957, Christian Dior, um jovem estilista, revoluciona a moda com o seu New Look na Europa, passando das linhas rectas para as curvas, de uma forma mais austera para uma mais delicada e feminina. A cintura das mulheres era bem marcada nas saias e vestidos midi ou pelos tornozelos, rodados e de tecidos com bolinhas ou flores. O uso de acessórios como jóias, peles e luvas, favoreceu o visual.


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Manteve-se a actualização dos tailleurs.
Com o fim da guerra apareceram mais cosméticos e a maquilhagem passou a fazer parte do dia-a-dia das mulheres composto por sombras, rímel, lápis e delineador, valorizando o olhar com marcas como Revlon, Rubinstein e Estée Lauden . A maquilhagem realçava a palidez da pele, que devia ser perfeita.
Os penteados podiam ser coques ou rabos-de-cavalo, com mechas caindo sobre o rosto ou franjas à menina. As tintas, loções alisadoras e fixadoras, estavam no auge.




Nesta década houve 3 tipos de beleza que inspiraram a moda - um marcado pela elegância e ingenuidade ( Grace Kelly e Audrey Hepburn); outro, pelo estilo sensual e fatal (Rita Hayworth, Ava Gardner, Dita Von Teese) e ainda um terceiro, mistura de sensualidade e inocência (Marilyn MonroeBrigitte Bardot) grande inspiração das pin-ups modernas.





Entretanto, em 1954, Chanel reabre a sua loja em Paris, fechada durante a guerra e cria algumas peças que se tornaram inconfundíveis como o famoso tailleur com guarnições traçadas, a bolsa a tiracolo em matelassê e o scarpin beije com ponta escura.



Givenchy, em 1954, afirmou-se também através da blusa Betina vestida por Audrey Hepburny e Vivier destacou-se na criação de sapatos.
Foi-se o tempo em que a moda era delimitada a algumas roupas parecidas.
Durante os anos 50 a alta-costura viveu o seu apogeu. Cristobal Balenciaga, Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grès, Nina Ricci, Christian Dior, transformaram a época na mais sofisticada, feminina e diversificada de todas.

                                                     
BALENCIAGA                                 GIVENCHY

                                    MADAME GRÈS                           NINA RICCI                     BALMAIN
VIVIER

A moda masculina começou por ser confeccionada com tecidos de fardas militares. Caíram depois na moda da jaqueta de couro e calças jeans por influência do rebelde James Dean em 1955. 
Já na América dos anos 30 as calças de trabalho de ganga tinham passado a ser usadas também nos momentos livres; o costume foi trazido para a Europa nos anos 50 e só depois se tornou um “fenómeno” mundial. 
A camisa branca de Marlon Brando passou a ser moda desde 1951.


Uma preocupação dos estilistas era a diversificação dos produtos através do sistema de licenças, revolucionando a estratégia económica das marcas. Foi assim que o lenço de seda Hermès de Audrey Hepburny, o perfume Chanel nº 5, preferido por Marilyn e o baton Coronation Pink lançado por Helena Rubinstein, se tornaram símbolos.
A juventude norte-americana tentava encontrar a sua própria moda ao som do rock-and-roll e a moda colegial (sportswear) - calças cigarrette, jaqueta perfecto, sapatilhas, jeans, hot pants, saltos altíssimos, óculos à Bob Dylan

                             
No final dos anos 50, a confecção apresentava-se como a grande oportunidade de democratização da moda que começou a fazer parte da vida quotidiana - um mercado de grande potencial da moda jovem, o grande filão dos anos 60. Em 1955 as revistas Elle e Vogue dedicaram várias páginas às colecções prêt-à- porter, que, embora tivesse sido inventado em 1949 só se tornou pragmático nesta década





A criação das bonecas Barbie em 1959, reforçava a imagem feminina na época, quase irreal


Desenhos e fotos GOOGLE

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