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domingo, 24 de junho de 2012

USANÇAS DO TEMPO - III


DÉCADAS DE 30/40




Porque também penso que ”simplicidade não é sinónimo de deselegância”, acho que a minha Avó Josefa contribui para padronizar as minhas bagatelas sobre “Traje“ na década de que foi contemporânea.


DÉCADA DE 30


A queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque provocou uma crise económica mundial sem precedentes. Milionários ficaram pobres de um dia para o outro, muitos bancos e empresas faliram e milhões de pessoas perderam o emprego.
Nos anos 30, após a euforia dos “anos loucos”, a crise de 1929 acabou com a ousadia no modo de vestir mas redescobriu as formas do corpo da mulher através de uma elegância mais contida e natural de vestidos justos e simples. A linha clássica passou a ser valorizada e a alta-costura perdeu grande parte dos seus clientes.




As saias ficaram longas e os cabelos começaram a crescer. Os materiais mais baratos como o algodão e a cachemira passaram a ser usados em vestidos de noite. Sobre os ombros podia colocar-se uma pequena capa ou um bolero.
A moda dos anos 30 descobriu o desporto, a vida ao ar livre e a praia. Seguindo as exigências das actividades desportivas, os saiotes de praia reduziram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até à cintura.






Roupas brilhantes e luminosas, casacos de pele e joias criavam ” La femme fatale” e os ”galãs “masculinos, embora a maioria dos cidadãos vivesse de uma forma bem mais simples.


Foram criadas roupas para diversas ocasiões com cores  fortes como o "rosa choque". O sapato de cunha para as mulheres e as sandálias tornaram-se populares, assim como as meias de nylon.
Nas boutiques surgiram os primeiros produtos em série (“já pronto” ) assinados pelas grandes casas da moda, sendo uma forma de produzir roupas de qualidade em grande escala.


Com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, em 1939, as roupas começaram a apresentar uma linha militar e as saias, de tecidos pesados e resistentes, uma abertura lateral para facilitar a deslocação em bicicleta



Marlene Dietrich, Greta Garbo, Joan Crawford, Katherine Hepburn e Lauren Bacall optaram durante um tempo por um look masculino que, aliás, lhes aumentava o charme. Marlene Dietrich, depois de aparecer num filme em Marrocos de casaca e cartola, passou a andar pelas ruas de Hollywood de fato completo cinza, gravata e boina. Marlene foi ao Teatro Baltimore de smoking e chapéu de feltro com aba de molde
Head dizia que “A moda é uma linguagem. Alguns sabem aprendê-la, outros jamais conseguirão saber usá-la”



Os homens passaram a adotar estilos bem diferentes pondo as habituais botas de parte. O Surrealismo inspirou os criadores de moda. Humphrey Bogart lançou a moda da gabardina, celebrizada nos seus filmes policiais.

















Os estilo art-déco e a aerodinâmica norte-americana dominaram a década de 30.





DÉCADA DE 40


 












A década começou com a II Guerra Mundial (1939 a 1945). As mulheres tinham que trabalhar em fábricas para assegurar a produção do seu país, uma vez que maridos e filhos integravam o exército



Trabalhadoras durante a hora de almoço numa fábrica de comboios de Chicago

O cinema incutiu ideologias nas pessoas... As atrizes, ao fazerem os espectáculos, maravilhavam com a  sua figura de " pin-ups".
Foi na década de 40 que o termo Pin-Up passou a ser usado pela primeira vez embora se saiba que há ilustrações desde 1840.
Betty Grable foi uma das mais populares durante a II Guerra Mundial porque o seu poster em fato de banho era omnipresente em todos os armários dos soldados norte-americanos





É uma época marcada por muitas restrições, poucos recursos e uma raridade de matérias-primas 
Agora a moda era de modelos sóbrios, retos, masculinos, sem exageros e o uso do chapéu quase obrigatório; as saias mais curtas, com pregas finas ou franzidas; as calças compridas tornaram-se práticas assim como os vestidos de duas peças.


















O estilo militar que já vinha dos finais dos anos 30 continuava a impor-se de ombreiras largas “tonando” as cinturas mais finas.
  






Reciclava-se e improvisava-se porque  a maioria das fábricas produtoras de bens de consumo passaram a servir também o exército. Os saltos altos não podiam ultrapassar um determinado tamanho e as cores foram reduzidas a seis tons. O visual tinha que ser sóbrio, quase de roupa ”surrada”. O xadrez era o desenho mais comum em tecidos. A altura das saias ficava logo abaixo dos joelhos, embora o requerido fosse pelo menos 10 cm. Os conjuntos tonaram-se bastante populares porque as peças podiam ser combinadas entre elas.
Procurava-se alternativa na utilização de novos materiais, como a pele de animais e a madeira no fabrico de calçado.

As diferenças sociais diminuíram.











Dior - "New Look"




Com o fim da guerra iniciou-se o estilo que haveria de ser definido na década seguinte. Foi Christian Dior que em 1947 criou o " New Look" com saias rodadas e compridas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos altos - um New look jovem e alegre; no ano anterior, em 1946, Louis Réard, engenheiro de automóveis, também já tinha revelado a criação de um fato de banho de duas peças - o biquíni.





Fotos e desenhos captados da Net/Google

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