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sábado, 25 de fevereiro de 2012

JARDINS

                                                                 Jardim rupestre
Adoro jardins pequenos junto às casas quase desde a minha era paleolítica.
Ainda não andava na escola e já “cultivava” umas plantas que davam flores minúsculas brancas, ao lado dum banco de pedra que havia no exterior do muro da minha casa.
 Além do prazer que tinha em trata-las e vê-las crescer, havia outro objetivo - conversar com a minha futura professora Dona Virgínia que todos os dias por ali passava a caminho da Escola.
Gostava de a ouvir dizer: ”já falta pouco para seres minha aluna. E ainda quero ver-te um dia professora como eu”.
Por motivos de burocracia, não cheguei a ser a professora que ela profetizou mas fui-o noutra carreira diferente. Porem, também aí não teve a satisfação de valorar essa realidade porque uma doença cruel nos separou para sempre.
Depois desse meu primeiro “jardim”, arranjei outro mais diverso e expressivo junto a um poço e a um marmeleiro. Lá cresceram flores perenes e da época, durante muitos anos, dadas pela minha Mãe. Havia margaridas brancas, violetas azuis, sardinheiras, malmequeres, açucenas, cravos, rosas, crisântemos, malvas e sécias. E as flores do marmeleiro, que poucas se transformavam em fruto por eu as saborear como se de rebuçados se tratassem.

Este jardim existiu durante os meus anos da primária e do liceu - cuidava dele no intervalo das aulas, à hora do almoço.
Depois passei a viver distante e quando o fui procurar, tinha sido soterrado com terra tirada ao poço para, com mais profundidade, melhor captar a água.
Será que as poucas flores existentes não quiseram cativar a enchada?
"Os homens do planeta, disse o Pricipezinho, cultivam 5 mil rosas num mesmo jardim... E não encontram o que procuram..."

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

DIA DO CORPO DE DEUS




Na minha aldeia era dia de festa
Com missa solene abrilhantada.
E como alegria ninguém detesta
Talvez seja ainda celebrizada

Mas alegria só era notada
Com o início da Procissão
Ruidosamente anunciada
Pelo pequeno carrilhão.

Sob o dourado pálio abrigando,
O Santíssimo, erguia o prior.
Opas vermelhas os pendões pegando
E o povo atrás, a rezar com fervor.

Nós, as crianças, vestidas a rigor
D´anjinhos e santos, desde o amanhecer
Enfatuadas íamos, à frente do andor
As flores calcando, prás desfazer.




Das janelas pendiam lindas mantas
Rendadas, estampadas, com lavores
Envolvendo-se na música das bandas
A tocar, ritmadas, hinos de louvores.



Cansadas de tanto andar 
De Santa Teresinha, eu
E as irmãs, d’anjinho
Já dizíamos baixinho:
Onde está o fariseu
Que nos tire este fatinho
E pró ano continuar?


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O PINHEIRINHO


O Luís tinha nascido há um ano, a 21 de Maço, dia da Primavera.
A árvore, em virtude da sua importância para a vida humana, adquiriu um dia especial; e como é com a chegada da Primavera que ganha nova existência, abrindo flores lindas que dão origem a outras árvores, o dia que lhe atribuíram foi exactamente o do início da bela estação do ano - 21!


Distribuíam-se na altura (não me recordo qual a Entidade) pequenos pinheiros e cedros por vários locais de trabalho, incluindo o meu.
Ao associar as datas, escolhi um pinheirinho para, juntos, se acompanharem nos aniversários e crescimento.
Era um pinheiro de viveiro, enraizado num pequeno torrão envolto num saco de plástico, pronto para plantar.
E assim, colocando a pequena árvore num vaso de terracota (para melhor respirar) e perfurado (para não acumular água) a que juntei mais terra, dei as boas vindas às duas primaveras.Com regas e alguns fertilizantes, foi crescendo rapidamente nos primeiros anos. 
Depois, um pouco menos, até deixar mesmo de aumentar.
Por fim, dava sinais de que estaria a secar ou a ficar doente; perdia folhas em grande número, mesmo antes de ficarem secas.     Devia ser a lagarta do pinheiro que, agrupada em grande quantidade se alimentava das folhas.

O vaso, com o tempo, começava também a ficar com um visual verde esbranquiçado.

Disse então o Luís: “não podemos deixá-lo morrer; temos que o plantar noutro local onde as raízes possam crescer porque este vaso já é muito pequeno “.

E eu, olhando para um jardim da Câmara que fica em frente da nossa casa, disse: “pois vai ser ali. Vou telefonar para a engenheira do ambiente a pedir autorização, porque queremos continuar a vê-lo crescer ”.

Telefonei, expondo os motivos da transferência e da razão da escolha, mas a resposta foi negativa: “ não pode ser nesse jardim porque já lá tem muitas árvores e não são pinheiros; poderei mandá-lo colocar num dos jardins dos largos da rua do lado”.
Como estávamos decididos a não abdicar do nosso objectivo, estudámos então uma área que abrangesse o horizonte visual a partir da varanda.
Há ali do outro lado da rua um cantinho que pertence ao Centro de Dia da Paróquia e que se vê daqui; vou lá falar com o zelador, o Sr. Hernâni, que é muito simpático”, disse eu.

E assim foi.

Como estava muito raquítico e doente, ele ofereceu-se para o cuidar - passou a regá-lo, a tirar as ervas daninhas e a podar os ”ladrões” que iam aparecendo no tronco.
Hoje o Sr. Hernâni já não vive lá; mas deixou-o “com pernas para andar”.
Tornou-se num lindo pinheiro manso de copa densa e arredondada, pernadas grossas viradas para cima, raminhos curvos e folhas persistentes. 
Tem resina, pinhas, flores e parece feliz.



sábado, 18 de fevereiro de 2012

CRUZEIRO E AMIZADES



E se agora, aposentados,
A opção fosse um cruzeiro?
De acordo e informados,
Escolhemos um estrangeiro.

Fred Olsen Cruise Lines
Noruega, beleza de terra e mar
Fiordes, quedas d’água sem parar
Ihotas, cascatas, montanhas e vales



Braemar: ambiência norueguesa
Hospitalidade familiar e cordial
Viadores; língua inglesa e portuguesa.
Tripulação latina e oriental
A bordo do navio, circulando
- Barco de muita qualidade,
Com varandas pelas suites entrando -
As pessoas desfrutam novidade

Aos poucos escolhe-se um lugar
Piscina prós que apreciam lavagens
Os sociáveis encalham no Bar
No convés admiram-se paisagens



Há que destacar as refeições
Com lugares marcados pró jantar
Lá estão as mesmas feições
Nos dias todos a repastar

Assim, sempre na mesma mesa
O João, a Isaura e o André
A Casimira, o João e a Tresa
A Lurdes, o Amável e o Zé




E passeios, tantos, a escolher
Mercado de peixe e souvenirs
Bergen, atração histórica pra ver
Máquina caseira de café a servir



É fácil neste convívio aprazível
Entre whiskies, discotecas, galeria,
Descobrir uma amizade elegível
Num qualquer sorriso d’alegria

Terminado o cruzeiro,
O belo recreio acabou.
Uns ficaram no estrangeiro

Outros, o navio cá deixou.





Trocam-se telefones, moradas
Esboçam-se futuros encontros
Mas olhos nos olhos das interessadas
Também se ditam “desencontros”

Estreitar ligações, pensaram
A Maglô, a Isaura e a Teresa
Chantagista, a Maglô deixaram
Prá Lurdes entrar em beleza

Passados os anos que vão
A Isaura está sempre “lá”
Amiga mesmo, do coração
Mais a Lurdes dizendo “olá”

E a amizade assim nasceu…
Da simples presença a surgir.
Admirando qualidades, cresceu
Condenada a não fugir.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

VIAJAR


Estou convencida de que todas as pessoas precisam de viajar.
Algumas talvez prefiram fazê-lo através de livros, histórias, imagens, TV, filmes, mas eu gosto de viajar por mim mesma, com os meus olhos e os meus pés; só assim poderei entender o que é conhecer o frio para desfrutar o calor e o contrário, sentir a distância para apreciar o que é nosso, conhecer o mundo como é, e não como o imaginamos.
Somos simplesmente alunos.
Quem se transforma em escravo do hábito, quem não contacta com novas pessoas, quem não arrisca ir atrás dum sonho, acaba lentamente por morrer.Pior do que não terminar uma viagem, é nunca partir”- Amyr Klink.

Já na Idade Antiga se faziam peregrinações religiosas aos oráculos (Grécia) e deslocamentos para vilas de férias na costa (Império romano). 
As viagens realizadas nesse período estavam relacionadas também com a participação nas olimpíadas (uma mistura de religião e desporto) em que milhares de pessoas se dirigiam à cidade de Olympa de 4 em 4 anos.


Civilização fenícia
Olympa e Delphos

Depois, na Idade Média, eram as peregrinações pelo caminho de Santiago e as expedições desde Veneza à Terra Santa ou a ida a Meca.



E, prosseguindo no tempo, as expedições marítimas de portugueses, espanhóis e ingleses despertaram o interesse pelas grandes viagens na Idade Moderna.



A Revolução Industrial leva a Inglaterra a favorecer correntes migratórias europeias para a América, a Europa desperta para o turismo de montanha ou saúde e épocas de praias frias, na Idade Contemporânea.



Com o boom turismo surge o desejo de evasão da rotina das cidades; a produção de carros em série e a construção de boas estradas já não é suficiente para a recreação que, entretanto, toma o lugar da evasão e as companhias navais veem-se obrigadas a dar outros destinos aos navios - cruzeiros.



E os cruzeiros são para mim, presentemente, a forma mais agradável e confortável de viajar. Evitam deslocações de avião, comboio e automóvel; não é necessário fazer e desfazer malas, entrar e sair de hotéis. Proporcionam esse transporte, alojamento, entretinimento, refeições - prazer e tranquilidade.

Cada um tem o seu itinerário, com paragens em vários portos de cidades que poderão ser visitadas enquanto o navio está atracado. E os que optarem por não descer para tomar banho de mar ou conhecer outros lugares, têm sempre atividades a bordo como palestras para temas específicos, nadar, jogar no casino, usar o computador, apanhar sol ou descansar simplesmente.

São uma forma única de viajar, de sentir a experiência do alto mar atravessando, por exemplo, o Atlântico e gozar uma beleza inesquecível.

Porem, enquanto a saúde ou a idade o permitir, a minha convicção é a de que só se deverá optar por este modo de viajar depois de ter experimentado todos os outros.

Imagens google

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

OS NOSSOS CÃES DE GUARDA

                                                    FLY(mosca?) ou FLYER(Voador)?

Era um cão grande, branco, paciente
Manso, fiel, forte, inteligente
Que os meus 4 anos passeava, lentamente,
Não fosse sua jóia magoar-se de repente.


Seria um pastor misto, alemão/suíço?
Seguiram-se serra-da-estrela na mansarda
De temperamento dedicado e submisso
Dos haveres companheiros fieis-de-guarda.

                                                    PILOTO

Amizade grande em nós irmãos, imersa,
Dos invasores, agressivos, nos defendiam
Apaixonados pelo dono e vice-versa
O seu território, dos inimigos, protegiam.


Talvez por isso o ”fiel, belo, feroz” aliado,
Pelos romanos assim classificado,
Teve sempre o mesmo destino traçado:
Despedir-se, junto ao dono, envenenado.


Reprimindo a revolta e a mágoa
Marejados os olhos, apertado o coração,
Dizia sempre o meu Pai - ainda ecoa!
“Jamais um companheiro levarão”


Mas perante a inteligente e viva expressão,
Sela preta e marcas de fogo, douradas,
Não resistiu à oferta do belo “alemão”
E com ele ficou, de vocais apertadas.

LOBITO

Ligados por recíproca afeição
Anos foram, companhia inseparável
Avançando na idade, não na solidão.
Mas o destino repetiu-se implacável


E o Pai, mais frágil e mais velho
De mobilidade reduzida e amargurado
Com memórias esbarrou no espelho
Das vãs esperanças que tinham debandado...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A ESCOLA DA MINHA INFÂNCIA

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Ainda lá está, sobranceira, dominando toda a aldeia.            
Construída em granito, de pé direito, pavimento e cobertura em estrutura de madeira e telhado com telhas vermelhas. Tem as características de todos os edifícios escolares da Beira Alta, levadas a cabo pelo Estado Novo. Dela fazem parte o rés-do-chão, onde viveu a primeira professora da Escola, Dona Lusitana, tia da minha Mãe e o 1º andar com duas grandes salas bem iluminadas por várias janelas, divididas por um corredor que termina num espetacular miradoiro, a varanda.
Acompanha-a no estilo a Torre do Relógio.
O acesso faz-se pela rua do Outeiro, logo a seguir à casa onde nasci. Diz-se que houve por ali um castelo - e ainda me recordo de uma pequena muralha de pedras escuras sobrepostas - que foi desaparecendo para o “benefício” da construção de casas de habitação.



Não existiam turmas mistas; havia uma sala para cerca de 30 raparigas e 
uma professora e outra sala para rapazes com um professor. Também os recreios se faziam em lados opostos da Escola. Quando se precisava de ir á casa de banho pedia-se para ”ir lá fora”. As carteiras eram corridas, de madeira, com bancos pregados ao chão e tinham uma cavidade para o tinteiro.



O horário era das 9 h às 17 h, com intervalo para almoço. A Adélia trazia lancheira porque vinha todos os dias a pé duma localidade vizinha e a Jeta também, mas de comboio, porque o Pai era agulheiro na CP. Como minha melhor amiga, aquecia a refeição lá em casa - quase sempre de arroz ou massa com batatas aos quadradinhos. A Milú saia antes do almoço porque vomitava mal entrava na sala.
As alunas usavam uma saca de serapilheira com desenhos num dos lados onde guardavam a lousa, um lápis de pau, uma pena, um lápis de pedra, o livro de Português, a gramática, a tabuada, o livro e caderno de ditados, o caderno de cópias de duas linhas e o caderno de matemática. Era obrigatório saber todos os rios e afluentes, as serras e linhas de caminho-de-ferro portuguesas. Os ditados eram muitos, as contas e os deveres também. A tabuada cantava-se. Quem contasse pelos dedos ou desse muitos erros, era castigado - viradas para a parede (sem orelhas de burro!), em pé junto á secretária da professora ou umas palmadas com a “menina-de-cinco-olhos”.
Na loja do viúvo “Ti” Felismino, casa térrea de pedras gastas pelo tempo, compostas de forma desenquadrada e sem janela, comprávamos algum daquele material; muitas vezes, quando não tinha meio tostão para troco, dava rebuçados, a nossa permuta preferida.
O Silêncio era completo. Porém, de vez em quando ouvia-se um sururu e a professora perguntando: - “Quem está a fazer chichi na sala?”: “Eu não fui”…”Eu também não”…  “Então vão todas ficar de castigo”. Com ar de cúmplice, apesar do pouco arrependimento, levantava-me e dizia: -“Fui eu, senhora Professora, que trouxe blocos de gelo do rio e espalhei-os pelas carteiras”. “Pronto, vem aqui para junto da minha secretária, de costas voltadas, até eu dizer”.
E assim se passaram 4 anos a aprender a contar, ler e escrever. Quem sabe se bem melhor do que agora no 12º ano!
A velha Escola Primária morreu para dar lugar a outra mais moderna.
O edifício, bastante adulterado na sua traça original, ainda lá está, agora como Centro de Dia - Sede Cultural e de Trabalho.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O ANTÓNIO

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Chamava-se António Alves e era solteiro. Foi sempre solteiro, como quase todos rapazes da aldeia naquela época, paradoxo que nunca percebi.
Vivia com a Mãe,” Ti “ Ermelinda, numa casa em frente da minha. As paredes, feitas de pedra sobre pedra sem liga de massa a uni-las e com um pequeno buraco a servir de janela, ainda lá estão. O telhado era de telha portuguesa em canudo, com uma única inclinação. O interior, com chão de terra batida, tinha dois compartimentos - um em baixo, mais espaçoso, onde se acendia a lareira e outro no declive superior com acesso por dois degraus em madeira, que, de tão pequeno, só nele se podia entrar curvando o corpo, para dormir no colchão de palha. A lareira não tinha chaminé e os fumos saíam pelo telhado tornando a casa quente. Hoje, quase não existe e o interior passou a ter arbustos como inquilinos.
Lugar da casa onde vivia

O António, como lhe chamávamos, era um homem sábio, discreto, solitário, quase pedindo desculpa por existir. Disseram-me que tinha sido funcionário dos Caminhos de Ferro mas que o vício do vinho o tinha remetido para o desemprego. Para sobreviver, vendia sardinhas conservadas em sal dispostas em camadas numas caixas de madeira em tiras.
A “Ti” Ermelinda deve ter morrido quando eu era ainda miudinha, porque só me recordo de estar sentada num banco muito pequeno, junto às achas que iluminavam a casa toda. Vestida com bibe de folhos, ia lá comer sopa. E quando regressava, recebia um recado da Mãe porque o bibe estava sujo.
Foi o António que me ensinou a ler antes de ir para a Escola num livro que me parecia muito grande - O Diário de Notícias. Era o único jornal da terra e que o Pai assinava.


Teve sempre um lugar junto ao canto da nossa lareira, sem a qual não suportaria os rigores do Inverno; vestia pouca roupa e também não tinha lenha. 
 Nós éramos a família dele. Muitas vezes apanhava míscaros para partilhar connosco o óptimo guisado que a minha Mãe fazia.
Um dia saí da aldeia para prosseguir nos estudos. Outros irmãos meus se seguiram. E António lá foi ficando cada vez mais sozinho.
Quando voltei numas férias escolares, ele não estava mais. Um enfarte do miocárdio tinha-lhe tirado a vida. A vida que não viveu.
Ficou assim na minha memória.

 “Há amigos que têm muito valor, amigos que pesam, amigos que são…” e eu, sinto ainda um certo ressentimento por não lhe ter demonstrado melhor que a nossa amizade era recíproca.
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domingo, 5 de fevereiro de 2012

PONTO DE PARTIDA

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Tenho consciência de que não é fácil ser blogueiro. Ousadia, persistência, disponibilidade, coerência, motivação, empenhamento, dizem ser requisitos indispensáveis.
Porem, porque sou pessoa de ação, decidi experimentar. E assim, neste meu cantinho da rede, afixarei o que penso sobre o que me apetecer, muito especialmente sobre detalhes do meu perfil que, embora discreto, penso não conseguir melhor do que o borrão de um simples esboço, apesar da longevidade.
Mas, nem que seja para me ler a mim própria ou clarificar as minhas ideias ou para merentretenimento, aqui estou.
Nesta minha iniciativa quero também destacar a particular influência que teve o acompanhamento do blog “O DOLICOCÉFALO”, desde o seu início.
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