Lucrécia Augusta de Brito de Berredo Furtado de Melo Arriaga
A Primeira-Dama de Portugal
Nasceu a 13 de novembro de 1844 na Figueira da Foz.
Era filha de Roque Francisco Furtado de Melo e de Maria
Máxima de Brito Leite de Berredo, descendentes de aristocratas açorianos.
Como consequência do seu estatuto social, teve uma uma
educação privilegiada; falava Francês e Inglês e aprendeu a tocar piano.
Na sua terra natal conheceu Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue, de
famílias relacionadas da Ilha do Pico, Açores, com quem casou em 1870.
O casamento foi celebrado numa capelinha perto de Valença
do Minho onde o pai era general e governador da Praça (de Valença).
Viveu em Coimbra durante alguns anos - Manuel de
Arriaga licenciou-se em Direito, foi advogado e Reitor da Universidade de
Coimbra.
Foi também escritor, poeta e um grande orador.
Foi também escritor, poeta e um grande orador.
O casal adorava o mar, as crianças e as flores; a família passava regularmente as férias em Buarcos e, pelo mesmo motivo, a última casa em que Manuel de Arriaga viveu seria em
Lisboa, perto da Rua das Janelas Verdes, para poder ver os barcos
no Tejo.
Retrato pintado por Malhoa, pertença da família Arriaga
Teve seis filhos:
Maria Máxima de Melo Arriaga Brum da Silveira *
20.02.1875 João Carlos de Tavares Morais da Cunha Cabral
Manuel José de Arriaga Brum da Silveira * 24.03.1879 Maria Valentina Chagas Riet
Maria
Amélia de Melo Arriaga Brum da Silveira * 08.02.1880 Luis
Xavier Barbosa da Costa
Maria Cristina de Arriaga * 10.04.1882 Henrique Raimundo de Barros
Roque Manuel de Arriaga * 18.03.1885 Maria Isabel de Almeida Pinheiro
Maria Adelaide de Melo de Arriaga * 11.04.1887 Daniel da Silva Ferreira Júnior
Maria Adelaide de Melo de Arriaga * 11.04.1887 Daniel da Silva Ferreira Júnior
Fonte: GEPB - vol. 03-pg. 358
A 24 de agosto de 1911, o marido é eleito primeiro
Presidente da República Portuguesa.
José de Arriaga - eleito aos 71 anos
Lucrécia torna-se a Primeira-dama do país aos sessenta e seis anos de idade (1911 a 1915 aquando da demissão do marido).
Apesar de pró-monárquica convicta, apoia o marido e
muda-se com a família para o Palácio de Belém (mais concretamente, para
um pequeno palacete na Horta Seca, cuja renda tinham que pagar do seu bolso,
assim como a própria mobília).
O Presidente recusou ajudas de custo, prescindiu do
dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo, nem Conselho de
Estado porque, disse na tomada de posse:
- “Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma
vez me servir dele…”
Lucrécia evitou a exposição pública em eventos.
Algumas excepções:
- A comemoração do segundo aniversário da Implantação da República,
em 1912
- Um chá da tarde para os filhos dos funcionários da
Imprensa Nacional a que presidiu, e onde foi recebida como esposa do Chefe de
Estado, em 4 de outubro de 1913.
- O terceiro
aniversário da instauração do regime republicano, assistindo a uma peça no
Teatro Nacional de São Carlos, sem lugar oferecido na tribuna presidencial, no
dia seguinte.
- A "festa no jardim" promovida por Manuel de
Arriaga aos marinheiros brasileiros que visitaram Lisboa por ocasião do 23 º
aniversário da República brasileira, em Novembro do mesmo ano.
O Presidente e a Primeira-dama plantaram duas palmeiras
no Jardim Botânico Tropical em Lisboa, contíguo aos jardins do Palácio de Belém.
As árvores, passados cem anos, ainda existem.
Abertura da Escola Superior
de Guerra, o presidente da República, Manuel de Arriaga, com o Ministro
Av.
República 1911 Cortejo integrado num concurso de cavalos de carroça
Depois de Manuel de Arriaga ter deixado a Presidência em
1915, colaborou ainda com a Cruzada das Mulheres Portuguesas, em 1916.
Imagens Google
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