Maria
do Carmo Xavier de Oliveira Barros Leite Braga
2ª Primeira-Dama de Portugal
2ª Primeira-Dama de Portugal
Nasceu no Porto em
14 de Novembro de 1841.
Era filha de
António Pedro Xavier de Oliveira do Couto Alão de Barros Leite e de Ana Amália
Martins da Cruz Xavier de Castro e Sousa e irmã de Júlio Xavier de Matos - psiquiatra, um dos mais importantes reformadores do ensino da Psiquiatria em Portugal e fundador do primeiro hospital psiquiátrico de Lisboa, o Hospital
Júlio de Matos, assim chamado desde 1942.
Casou em 1868 na Igreja Paroquial de Cedofeita, Porto, com Joaquim Teófilo Fernandes Braga, natural de Ponta Delgada, escritor e professor da Universidade de Coimbra.
- Presidente do Governo Provisório republicano de 5 de outubro de 1910 a 3 de
setembro de 1911, função que acumulou com as de chefe do Estado até à eleição
de Manuel de Arriaga
Tomada de posse do Governo Provisório
-Presidente da República em substituição de Manuel de Arriaga de 29 de Maio a 4 de Agosto de 1915.
Lisboa,
edifício do parlamento, 29 de maio de 1915: dois momentos do programa oficial
de investidura do PRP Teófilo Braga
- Presidente da
República de transição até ao dia 5 de Outubro do mesmo ano, face à
renúncia de Manuel de Arriaga (substituído por Bernardino Machado).
Tiveram
três filhos que morreram prematuramente:
-
Joaquim, quase à nascença (1869)
-
Teófilo, aos 13 anos (1886)
-
Maria da Graça, aos 16 anos, em Março do ano seguinte.
Maria do Carmo, que sempre foi de saúde frágil, consternada, entrou numa enorme tristeza (depressão?).
Faleceu em Lisboa a
14 de Setembro de 1911, numa modesta casa da Travessa de Santa Gertrudes
(actual Rua Teófilo Braga), n.º 70, pouco tempo depois de o marido se tornar
Presidente do Governo Provisório e a dois meses de completar 70 anos.
Está sepultada no
Cemitério dos Prazeres, num jazigo muito deteriorado pelo tempo (Rua F, n.º
3588).
A homenagem a Teófilo Braga.
O cortejo junto do Monumento aos Restauradores, 1912
A 15 de Maio de 1887, ainda viva, o marido fez o testamento. Através dele soube-se que a família era remediada; tinha apenas o dinheiro ganho com a docência e alguns bens que foram dados a Maria do Carmo pelo casamento.
Teófilo
gostava muito da sua mulher.
Desde que ficou viúvo,
infeliz, isolava-se na biblioteca para se dedicar à escrita, lugar onde morreu.
Vestia pobremente e até chegou a remendar algumas peças de roupa branca que tinham sido usadas por Maria do Carmo porque lhe
faziam recordar os bons momentos.
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