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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

AS PRIMEIRAS-DAMAS DE PORTUGAL - 4



Maria do Carmo Xavier de Oliveira Barros Leite Braga
2ª Primeira-Dama de Portugal


Nasceu no Porto em 14 de Novembro de 1841.
Era filha de António Pedro Xavier de Oliveira do Couto Alão de Barros Leite e de Ana Amália Martins da Cruz Xavier de Castro e Sousa e irmã de Júlio Xavier de Matos - psiquiatra, um dos mais importantes reformadores do ensino da Psiquiatria em Portugal e fundador do primeiro hospital psiquiátrico de Lisboa,Hospital Júlio de Matos, assim chamado desde 1942.




Casou em 1868 na Igreja Paroquial de Cedofeita, Porto, com Joaquim Teófilo Fernandes Braga, natural de Ponta Delgada, escritor e professor da Universidade de Coimbra.


Teófilo Braga foi Presidente três vezes:

- Presidente do Governo Provisório republicano de 5 de outubro de 1910 a 3 de setembro de 1911, função que acumulou com as de chefe do Estado até à eleição de Manuel de Arriaga


Tomada de posse do Governo Provisório

-Presidente da República em substituição de Manuel de Arriaga de 29 de Maio a 4 de Agosto de 1915. 
Lisboa, edifício do parlamento, 29 de maio de 1915: dois momentos do programa oficial de investidura do PRP Teófilo Braga

- Presidente da República de transição até ao dia 5 de Outubro do mesmo ano, face à renúncia de Manuel de Arriaga (substituído por Bernardino Machado).

Tiveram três filhos que morreram prematuramente:
- Joaquim, quase à nascença (1869)
- Teófilo, aos 13 anos (1886)
- Maria da Graça, aos 16 anos, em Março do ano seguinte.

Maria do Carmo, que sempre foi de saúde frágil, consternada, entrou numa enorme tristeza (depressão?).
Faleceu em Lisboa a 14 de Setembro de 1911, numa modesta casa da Travessa de Santa Gertrudes (actual Rua Teófilo Braga), n.º 70, pouco tempo depois de o marido se tornar Presidente do Governo Provisório e a dois meses de completar 70 anos.

Está sepultada no Cemitério dos Prazeres, num jazigo muito deteriorado pelo tempo (Rua F, n.º 3588).

A homenagem a Teófilo Braga.
O cortejo junto do Monumento aos Restauradores, 1912 



A 15 de Maio de 1887, ainda viva, o marido fez o testamento. Através dele soube-se que a família era remediada; tinha apenas o dinheiro ganho com a docência e alguns bens que foram dados a Maria do Carmo pelo casamento. 
Teófilo gostava muito da sua mulher.
Desde que ficou viúvo, infeliz, isolava-se na biblioteca para se dedicar à escrita, lugar onde morreu.
Vestia pobremente e até chegou a remendar algumas peças de roupa branca que tinham sido usadas por Maria do Carmo porque lhe faziam recordar os bons momentos.







A obra literária de Teófilo Braga é imensa 







Imagens Google

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