Perante o desfecho inédito dos acontecimentos, Isaltino Morais foi protagonista num dos meus postes ("Uma Gota no Oceano").
E porque numa história há sempre um virar de página, a continuidade faz parte dela.
Era uma vez...
24 Abril 2013
... um presidente
da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, que foi detido pelo
Grupo de Investigação Criminal da PSP de Oeiras e levado para a zona prisional anexa à PJ, na Rua
Gomes Freire, em Lisboa, a fim de cumprir uma pena de dois anos de prisão efectiva sentenciados pelo Supremo Tribunal de
Justiça, por branqueamento de capitais e fraude fiscal.
Considerando o facto invulgar, insólito, surgiram as mais diversas reacções entre os cidadãos, incrédulos quanto à veracidade da situação.
- "Se começam a prender os políticos corruptos, o que vai ser deste país ? Ficamos sem Presidente, sem Governo, sem Assembleia da República, sem Presidentes da Câmara ... o que vai ser de nós?" (lido no facebook)
Isaltino estava no Estabelecimento Prisional da Carregueira (Sintra).
- O Isaltino ainda está preso?
- NÃO!
- NÃO!
Tinham
passado exactamente 426 dias, 4 horas e 45 minutos quando,
em 24 de Junho passado, um homem mais magro, crispado, parco em palavras,
envelhecido, de cabelo branco ondulado, barba em vez da anterior pêra, saco de
plástico preto na mão, calças de ganga e em mangas de camisa, saía em
liberdade condicional
Segundo o tribunal, Isaltino
foi posto em liberdade porque possui "meios próprios
de subsistência e suporte familiar", pelo seu "arrependimento" e por inexistente perigo de "reincidência".
- "Faz todo o sentido. Roubou,
pagou ao fisco com o dinheiro que roubou e vai viver do dinheiro roubado. Está
tudo bem, portanto. "Siga", que não há tempo a perder... Amanhã já
ninguém se lembra" - um leitor
Isaltino: “Eu sou um
optimista, senão já me tinha suicidado”
Imagens
Sem comentários:
Enviar um comentário