Maria dos Prazeres Martins Bessa Pais
4ª Primeira-Dama de Portugal
A 14 de Dezembro de 1918, Sidónio é assassinado em Lisboa.
Nasceu em Amarante a 29 de Dezembro de 1867.
Era a mais nova de quatro filhos do negociante Vitorino
Ferreira Bessa, antigo depositário dos tabacos (detinha o exclusivo do Depósito
da Companhia dos Tabacos de Portugal), natural de Penafiel e de Bernardina
Joaquina Pinto Martins, natural de Valença do Minho.
Em 1893, na sua terra natal, conhece Sidónio Bernardino
Cardoso da Silva Pais, 5 anos mais novo, quando ali foi colocado no 2.º
Grupo do Regimento de Artilharia nº 4. O reencontro com Aníbal
Martins Bessa, licenciado em direito, condiscípulos em Coimbra, facilitou o contacto.
Sidónio
deixou-se ”enlaçar” pela fama de S. Gonçalo ser promotor do casamento de
mulheres menos jovens e a “donzela discreta, amável, generosa, recatada, de
feições misteriosas”, que tocava piano e conhecia bem os lavores domésticos, acabou
por seduzi-lo.
Casaram em 1895, com regime de separação de bens.
O casal fixou residência em Coimbra, num edifício
de 3 pisos, situado perto da Sé Velha e do “palacete” da Portela, onde vivia o
tio materno da noiva, um dos promotores da carreira universitária de Sidónio.
Do
casamento nasceram 5 filhos:
1896 - Sidónio Bessa
da Silva Pais.
Casou com Isabel Maria
da Costa de Sousa de Macedo de Freitas Branco.
1897 - António Bessa
da Silva Pais
1899 - Maria Sidónia
Bessa da Silva Pais
Casou com Mário
Augusto Gomes Cardoso, médico
1901 - Afonso Bessa da
Silva Pais.
1902 - Pedro Bessa da
Silva Pais
1907 -
Sidónio Pais foi ainda pai de Maria Olga, filha de Ema Manso
Preto, cuja paternidade assumiu mas não perfilhou por a mãe ser casada com
Álvaro Augusto Pinto Ribeiro, residente na cidade do Funchal. Quando ficou viúva,
a filha poderia deixar de permanecer com registo de filiação incógnita mas a
relação com Sidónio já tinha terminado por incompatibilidade de feitios.
Pela leitura dos traços grafológicos, Sidónio revelava energia vital, forte
impulso sexual, sensualidade, sinceridade, capacidade de decisão, iniciativa,
organização, sentido de observação, autoritarismo contraditório, relativa
introversão, timidez aparente e um grande elenco de sentimentos tambem contraditórios (alegria,
tristeza, ansiedade, orgulho, satisfação, arrependimento, culpabilidade).
Em Fevereiro de 1904 houve um sumptuoso baile promovido
pelo Grémio Literário Recreativo que reuniu as pessoas elegantes de Coimbra.
Entre elas encontrava-se também Sidónio e Maria dos Prazeres. Mas nunca mais, em todas as outras
realizações efectuadas pela Agremiação ao longo do ano, se fez qualquer referência ao casal.
- "Estou separado da minha mulher", que continua a viver em Coimbra, mas nunca me faltam companhias femininas. A condessa de Ficalho é, sem dúvida, a mais frequente.
- "Estou separado da minha mulher", que continua a viver em Coimbra, mas nunca me faltam companhias femininas. A condessa de Ficalho é, sem dúvida, a mais frequente.
Foi nesta altura que, contra tudo e contra todos, assumiu o
envolvimento com Ema e saiu de casa para ir viver com ela até 1907, ano em que ficou
grávida de Maria Olga.
Quando Sidónio Pais (militar e matemático) assume a Presidência da República, na
sequência do golpe militar de Dezembro de 1917, Maria dos Prazeres permanece em Coimbra, cidade
onde o casal se fixara pouco depois do casamento.
Não participa em qualquer acto público nesse período.
A 14 de Dezembro de 1918, Sidónio é assassinado em Lisboa.
No dia seguinte ao assassinato de Sidónio Pais, desloca-se pela primeira e última vez ao Palácio de Belém,
onde o corpo do marido está em câmara ardente.
Nenhum presidente da 1 ª República foi tão amado e odiado
como Sidónio Pais.
José Júlio da Costa, natural de Garvão, foi quem matou o Presidente da República, Sidónio Pais.
Nasceu em 1893 no seio de uma família de proprietários considerada abastada para a época.
Nasceu em 1893 no seio de uma família de proprietários considerada abastada para a época.
Era o segundo
filho de sete irmãos. Assentou praça no exército, como voluntário, aos 16 anos em
Maio de 1910. Combateu na Rotunda, pela implantação da República, nos dias 4 e
5 de Outubro. Ofereceu-se como voluntário para Timor, Moçambique e Angola, onde
recebeu um louvor em 27 de Dezembro de 1914. Deixou o exército a 11 de Abril de
1916 com o posto de Segundo Sargento.
Depois de ter morto Sidónio Pais, foi preso e brutalmente agredido, logo no local. Posteriormente foi levado para a Escola de Guerra onde sofreu novos suplícios.
Depois de ter morto Sidónio Pais, foi preso e brutalmente agredido, logo no local. Posteriormente foi levado para a Escola de Guerra onde sofreu novos suplícios.
Preso, José Júlio da Costa sofreu todo o tipo de agressões,
incluindo disparos a meio da noite, para dentro da cela.
Morreu em Março de
1946, no Hospital psiquiátrico Miguel Bombarda, em Lisboa, com 52 anos de idade, após 28 anos de prisão e sem nunca ter sido julgado.
É impossível falar-se da cultura musical portuguesa no
século XX sem falar da família Freitas Branco, que ao longo de três gerações
tem marcado de forma decisiva o panorama musical e cultural do país.
Do casamento de Sidónio Bessa da Silva Pais com Isabel
Maria da Costa de Sousa de Macedo de Freitas Branco, nasceu Sidónio de
Freitas Branco Pais, intelectual e melómano, crítico musical ligado à Ópera de
São Carlos.
Isabel Maria da Costa de Sousa de Macedo de Freitas
Branco era irmã do célebre maestro e compositor Luís Maria da Costa de Freitas Branco (1890- 1955),
professor do Conservatório e do maestro internacional Pedro António da Costa de Freitas Branco (1896 - 1963), fundador da
Orquestra Sinfónica Nacional.
João de Freitas Branco (1922- 1969) foi também um dos intelectuais (musicólogo, matemático e compositor) que
marcaram o séc. XX em Portugal. Filho de Luís de Freitas Branco e sobrinho de
Pedro de Freitas Branco, frequentou e concluiu o curso do Conservatório
Nacional de Música, participando em vários recitais. Apesar de ser um bom
instrumentista, começou a carreira de crítico e divulgador da música
sinfónica, onde desenvolveu uma actividade paradigmática, ainda hoje não
superada.
João Maria de Freitas Branco, filho de João de Freitas Branco e neto do compositor
Luís de Freitas Branco e do ensaísta e crítico literário Pedro do Nascimento, é
filósofo, autor, professor e investigador universitário.
Dirige
há anos o ciclo “Ópera Vídeo”. É crítico de ópera e autor de vários livros e ensaios.
Bernardo da Costa Sassetti Pais,(1970 - 2012), filho mais novo de
Sidónio de Freitas Branco Pais e de Maria de Lourdes da Costa de Sousa de
Macedo Sassetti, era bisneto de Sidónio Pais .
Com formação em piano
clássico desde os nove anos e experiência em jazz, a sua obra está reproduzida
em gravações discográficas como pianista e compositor destacando-se,
nomeadamente, em bandas sonoras para cinema
Era também enófilo.
Segundo a família, Bernardo Sassetti estava
a fotografar numa falésia, no Guincho, e caiu.
Maria dos Prazeres Martins Bessa Pais morreu no Porto, em
1945, com 77 anos
Imagens Google
"Era avô dos meio-irmãos António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa e Ricardo Costa, jornalista, director do Expresso"
ResponderEliminarOh... meus amigos, então vocês atrevem-se a publicar uma banalidade dessas sem consultarem as fontes.
Como se José Júlio da Costa alguma vês tivesse tido filhos.
Nem António Costa ou Ricardo Costa, de origem indiana, descendem destes Costas, directamente ou indirectamente. Façam justiça à verdade e retirem tamanha cabala.
Ao vosso dispor
José Pereira
Agradeço o esclarecimento. Gostaria de encontrar a fonte em que me baseei, não só para servir de argumento mas também para, de igual modo, denunciar. Foi, portanto, retirada a pretensa verdade.
ResponderEliminarTeresa